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A Saúde Mental como desígnio de todos nós

A Saúde Mental como desígnio de todos nós

Artigo de opinião – João Tiago Oliveira
Investigador em Psicoterapia do CIPsi – Centro de Investigação em Psicologia
Docente da Escola de Psicologia
Universidade do Minho.

Sentou-se cabisbaixa, mal consegui perceber os seus olhos, com um ar frágil, vulnerável, as mãos juntas no seu colo e uma voz quase impercetível, rompida por lágrimas sufocadas quando perguntei,

O que a trouxe cá?

Demorou alguns segundos, largos, a conseguir articular a primeira frase,

– Eu não presto, eu não valho nada, não vale a pena.

Por muita experiência que tenhamos, sempre que ouvimos algo assim é inevitável que um desconforto se apodere de nós, dando imediatamente lugar à compaixão que nos liga ao sofrimento da pessoa que está à nossa frente. De novo alguém que chega à consulta no limite do suportável. Tinha ficado perto do ponto sem retorno, uns escassos 10 metros da linha de comboio. Era a primeira vez que pedia ajuda, nunca tinha falado sobre o que sentia, muito menos com as suas amigas da universidade. A vergonha, o sentimento de incompetência e inferioridade eram as principais razões para nunca o ter feito.

O caso da Joana, vamos chamar-lhe assim, está longe de ser um exemplo com pouca expressão. A Organização Mundial de Saúde estima que em 2030 a depressão vai ser a condição clínica com o maior peso nos sistemas de saúde dos países desenvolvidos.

Em Portugal as perturbações psiquiátricas, onde se inclui a depressão, atingem praticamente um quarto da população, colocando o país no segundo lugar entre os países europeus. Estas perturbações são a principal causa de incapacidade e de reforma antecipada em muitos países, tendo um impacto significativo na economia. Representam cerca de 20% do peso da doença na Europa, sendo que só a depressão e as perturbações de ansiedade custam cerca de 170 mil milhões de euros por ano.

Atualmente falamos cada vez mais de Saúde Mental, de como a podemos promover e do quão importante é cuidar dela. Apesar disso, em Portugal continuamos com respostas largamente insuficientes desde a prevenção ao tratamento. Para além de todos os mitos e crenças associados à doença mental, o facto de o acesso ao tratamento psicológico ser tão difícil faz com que se perpetuem ideias erradas. Como sociedade, temos de saber cada vez mais sobre Saúde Mental. Temos de conseguir falar sobre a depressão ou ansiedade como falamos de uma outra qualquer doença. Temos de sentir que podemos dizer aos nossos amigos, à nossa família: “sinto-me deprimido”. Temos de ter acesso a tratamento de excelência. Não só por cada um de nós, mas sim por todos, como um desígnio nacional.

 

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PERCURSOS…

PERCURSOS…

Filomena Costa é natural e vive em Braga há 38 anos. Casada, mãe de um casal de 10 e 3 anos, desempenha funções nos Serviços de Ação Social (SASUM) há 14 anos. Atualmente, faz parte do Departamento de Apoio Social (DAS), uma equipa com cerca de 50 trabalhadores. Nesta entrevista, a trabalhadora, adstrita ao Centro Médico, fala-nos do seu percurso de vida e experiência profissional, conta como é vivido o dia a dia, assumindo adorar o faz.

Como chegou aos SASUM e qual o seu percurso académico e profissional?

Fiz a Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho (UMinho) de 2005 a 2009. No final do curso, dediquei-me exclusivamente ao atletismo, por opção minha. Primeiro porque não queria afastar-me da minha residência (local de treino e família), e segundo, em Braga, estava difícil arranjar trabalho na minha área. Decorridos alguns meses, os resultados que obtive não foram os que desejava e comecei a pensar em trabalhar na minha área. Por coincidência, em 2010, surgiu a oportunidade de começar a trabalhar no Centro Médico dos SASUM. Fui informada que iriam abrir um Centro Médico na Universidade e iam contratar três enfermeiras. Fiquei muito feliz por se lembrarem de mim (pelo meu percurso desportivo e académico na UMinho) e muito entusiasmada com o novo projeto. Fui à entrevista e fui posteriormente contactada para começar a trabalhar.

Há quantos anos está nos Serviços e quais são, atualmente, as suas funções?

Comecei a prestar serviço de Enfermagem para os SASUM em outubro de 2010 (5h/dia), e em maio de 2018 assinei um contrato de trabalho. Exerço atualmente funções como Enfermeira (Técnica Superior) no Centro Médico dos SASUM, em Braga.

Gosta do que faz?

Adoro o que faço, gosto da minha intervenção na comunidade académica (com os alunos e trabalhadores docentes e não docentes). É um trabalho gratificante e desafiador. Temos um papel fundamental na promoção da saúde, na promoção do bem-estar físico, mental e social da nossa comunidade. Tento sempre realizar o meu trabalho o melhor que consigo, indo de encontro às necessidades e satisfação dos utentes e do serviço. Sinto-me muito acarinhada na nossa comunidade académica.

O que mais a motiva e quais as maiores dificuldades, no dia a dia, no desenvolvimento do seu trabalho?

Sinto que cresci como pessoa e também como profissional. Sou um “bocado” perfecionista, adapto-me facilmente e tenho um ótimo ambiente de trabalho. Além das intervenções de enfermagem (tratamento de feridas, administração de injetáveis, avaliação de vários parâmetros e outros cuidados de enfermagem), também temos o trabalho administrativo (atendimento ao público, apoio às Consultas disponibilizadas no Centro Médico, …). Gosto de estar próxima dos alunos/utentes, poder ajudar/apoiar no que conseguir, para que sintam/saibam que os vemos como um todo.

As maiores dificuldades que sinto são as situações de cariz financeiro com que lido (ainda temos alguns alunos com dificuldades a nível alimentar), as situações familiares (alterações nos laços familiares), a falta de empatia, sendo a nossa intervenção essencial, em alguns casos.

Como caracteriza o trabalho que é feito no Departamento de Apoio Social, em particular na sua área?

É um trabalho bastante exigente, com muita responsabilidade e fundamental no apoio à comunidade. Requer muita atenção, presença e empatia. Trabalhamos para a promoção da saúde e prevenção da doença, tentamos melhorar a qualidade de vida dos utentes e o seu bem-estar. Intervimos a nível da Educação para a Saúde (importância de uma alimentação saudável e exercício físico regular, tentar levar uma vida saudável, hábitos de sono/repouso adequados e comportamentos apropriados).

Para além das suas funções diárias no centro médico da UMinho, é também atleta/maratonista. O que significa para si o desporto e poder continuar a conciliar o trabalho com a paixão pelo desporto e pelas maratonas?

Quando trabalhava 5h/dia era mais fácil conciliar atletismo e trabalho, agora com 7h/dia requer uma maior organização da minha parte.

O desporto para mim é vida, fazer exercício físico todos os dias é um grande prazer, torna o meu dia a dia mais feliz, com mais energia e sinto-me melhor, mentalmente e fisicamente. O atletismo é muito importante na minha vida, consegui excelentes resultados, fiz amizades e acima de tudo, faz-me ser uma melhor profissional no meu trabalho, consigo gerir melhor o tempo e as prioridades, sou mais ativa/dinâmica, tenho melhor capacidade de lidar com situações novas/inesperadas e consigo transmitir algum conhecimento das minhas experiências.

O que mais destaca no seu percurso desportivo?

Destaco ter conseguido mínimos para os Jogos Olímpicos de 2016 (Rio de Janeiro) na Maratona, ter ganho em 2015 a Maratona de Sevilha (alcançado a minha melhor marca pessoal na maratona 2h28’ no dia do meu 30ºaniversário) e o meu 12.º lugar na Maratona do Mundial de Pista em 2015 (Pequim).

O mais importante e do mais me orgulho, é que sei estar no atletismo, porque para além de ser competitiva, também criei amizades, sou humilde e justa.

Estás a trabalhar para estar nos próximos Jogos Olímpicos?

Não penso nos próximos JO, porque já são em agosto de 2024, mas penso, sim, nos Jogos Olímpicos de 2028. Sei que é muito difícil e tenho de ser realista, a idade avança (terei 43 anos), mas para mim, impossível é o que nunca se tentou. Passei e estou a passar uma fase mais complicada, de lesões e recuperação (o Gonçalo demorou a dormir noites completas) e diminuiu o meu rendimento. Vou continuar a treinar/trabalhar para tentar obter bons resultados, se conseguir ir aos JO seria um sonho tornado realidade. Um sonho adiado, porque os JO 2016 foram-me tirados, foi muito injusto e eu treinei para aquele resultado. Fica na memória o ter conseguido mínimos para uns JO, um momento muito feliz da minha carreira desportiva.

Quais são as melhores e as piores memórias que tem do seu trajeto nos SASUM?

As melhores memórias que guardo são as pessoas que conheci e me marcam/marcaram enquanto pessoa, que me fizeram crescer, aprender e melhorar.

Como olha para o futuro?

Com esperança, otimismo e pensar que melhores dias virão. Temos um papel importante na sociedade e temos de transmitir bons valores, de respeito, educação, interajuda …

Curiosidades

O que a marcou? O nascimento dos meus filhos.

O que ainda não fez? Viagem à Tailândia.

Ainda tem um grande sonho? Sim, estar presente nuns Jogos Olímpicos.

Livro? Isto Acaba Aqui (Colleen Hoover).

Filme? Prometo Amar-te (Michael Sucsy).

Uma música e/ou um músico? Bryan Adams.

O que gosta de fazer nos tempos livres?  Viajar, passear com a família e conviver com os amigos.

Vício? Correr!!!

Um lugar? O Mar.

A Universidade do Minho? É um prazer trabalhar na UMinho!

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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SASUM entregam computadores a estudantes economicamente carenciados

SASUM entregam computadores a estudantes economicamente carenciados

Os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) voltam a disponibilizar computadores, a título de empréstimo, aos estudantes em condições de carência económica, para que o desempenho académico não seja condicionado por dificuldades de acesso às tecnologias de informação e comunicação, nomeadamente por escassez de recursos económicos. Das 47 candidaturas, 42 estão garantidas. 

A iniciativa, enquadrada pelo Programa de Apoio Informático a Estudantes (PAIE), teve início em 2020, em contexto de pandemia provocada pela COVID-19. Contudo, os SASUM continuam a entender ser necessário assegurar o acesso dos estudantes aos recursos tecnológicos indispensáveis para o acompanhamento das atividades de ensino e avaliação.

As candidaturas decorreram até ao dia 20 de fevereiro, estando agora a decorrer a entrega dos equipamentos.
Foram apresentadas 47 candidaturas ao Programa, estando garantido, até ao momento, o empréstimo de 42 computadores, prevendo-se que brevemente o apoio possa ser concedido a todos os candidatos admitidos.
Carlos Almeida, diretor do Departamento de Apoio Social dos SASUM, salientou que “para ser possível ir mais longe nos apoios disponibilizados aos estudantes, é preciso também alargar a rede de entidades dispostas a colaborar”, referindo-se à necessidade de aumentar o número de computadores do Programa através da reutilização de equipamentos em bom estado.

O empréstimo de computadores é feito de acordo com os equipamentos disponíveis e atende aos critérios de seriação previstos no Regulamento, nomeadamente a situação económica e o aproveitamento escolar do estudante, conforme o desempenho alcançado no ano letivo anterior.

Em cada ano letivo é definido um prazo específico para submissão do pedido. Findo esse prazo, os pedidos apenas serão atendidos em situações de emergência e em caso de disponibilidade de equipamentos.

Texto: Ana Marques

Foto: Redação

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26 trabalhadores dos SASUM foram homenageados pelos anos de dedicação

26 trabalhadores dos SASUM foram homenageados pelos anos de dedicação

A homenagem e medalhas entregues representam, simbolicamente, a dedicação, o esforço e a entrega ao serviço da UMinho.

O tributo decorreu no âmbito da Sessão Solene Comemorativa dos 50 Anos da Universidade do Minho (UMinho), no passado dia 17 de fevereiro, no Salão Medieval da Reitoria, no Largo do Paço, em Braga. Este ano foram 26 os trabalhadores dos Serviços de Ação Social da UMinho (SASUM) condecorados na homenagem anual que a Universidade faz aos seus trabalhadores que celebram 30 ou mais anos ao serviço da Academia.

Estes trabalhadores dos SASUM, bem como outros da Universidade que também foram homenageados e que viram assim o seu percurso reconhecido, um gesto da instituição que realçou a importância do seu contributo para a construção daquilo que é hoje a UMinho.

Tal como referiu o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, na entrevista que nos concedeu, “Não há Universidade sem pessoas”, sublinhando que “Uma organização como esta faz-se de pessoas, mas faz-se também de valorização das pessoas”.

A UMinho é a segunda “casa” para quase todos os que nela trabalham, como é exemplo a Ana Paula Machado, a Madalena Macedo e o Carlos Rocha, três dos trabalhadores dos SASUM que estiveram presentes na homenagem.

“A UMinho é a minha segunda casa há cerca de 30 anos”, afirmou o Sr. Carlos Rocha, Operador de Armazém e Logística do Departamento Contabilístico e Financeiro, mostrando-se “agradecido” pelo gesto que para si homenageou “todo o trabalho feito pelos colaboradores da UMinho”. Lembrando o início da sua ligação à academia minhota, recorda que a conheceu “com uma dimensão bem diferente do que é hoje e fui acompanhando o seu crescimento, o que é gratificante”, acrescentando acreditar que “contribuí um pouco para que a Universidade do Minho esteja hoje na posição que está no seio das restantes universidades na Europa e no Mundo. Por isso, esta medalha é uma forma de recordar este belo trajeto”, concluiu.

Para Madalena Macedo, Coordenadora Técnica na Divisão de Alojamento, esta homenagem significou, sobretudo, “gratidão” e “reconhecimento” da Universidade pela dedicação incondicional que tem dado a tantos jovens estudantes que têm passado pela instituição, especialmente pelas residências universitárias. Nos SASUM desde 1991, recorda principalmente, “a proximidade com os estudantes”, realçando “o apoio, a partilha de aprendizagens e as amizades que tenho alimentado e cultivado”. Considerando a UMinho “uma segunda casa. Nesta instituição tenho passado muitas horas, muitos dias e muitos anos, consolidando relações tão próximas, diria semelhantes às de irmãos, filhos e sobrinhos”, refere.

Ana Paula Machado, responsável pela Divisão de Bolsas, afirmou sentir-se “grata” pelo “sublime reconhecimento” pelos seus 37 anos de serviço, a prestar apoio social à população discente em situação de carência socioeconómica. Caracterizando o seu trajeto na UMinho como “intenso e gratificante”, sempre com o “constante foco nos estudantes economicamente carenciados, proporcionando-lhes as melhores condições para a prossecução e conclusão dos estudos, valorizando o atendimento personalizado, a justiça social e o rigor no enquadramento legal das reais situações socioeconómicas dos candidatos a apoio social direto”, expôs. Sobre a UMinho, a qual diz ter “orgulho em integrar”, considera “inovadora”, acreditando que “continuará a produzir importantes obras e descobertas com elevado impacto humano”.  

A todos os trabalhadores homenageados. Parabéns!

Trabalhadores dos SASUM homenageados este ano:

Ana Paula Machado; António Araújo; Belém Elisabete Silva Conde; Carla Caçote; Carlos Rocha; Carlos Cerqueira; João Alves; José Marques; José Conde; Manuel Alves; Maria Aurora Costa; Maria Aurora Oliveira; Maria Carmo Antunes; Maria Fernandes; Maria Conceição Costa; Maria Conceição Peixoto; Maria Elisa Machado; Maria Esmeralda Costa; Maria Fátima Gomes; Maria Fátima Pinto; Maria Fátima Cerqueira; Maria Lurdes Conceição; Maria Lurdes Abreu; Maria Madalena Macedo; Rosa Maria Lobo; Teresa Soares.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves

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Taekwondo da UMinho é campeão nacional universitário

Taekwondo da UMinho é campeão nacional universitário

A equipa de Taekwondo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) continua a sua senda de vitórias, tendo conquistado no passado dia 24 de fevereiro, o título coletivo no Campeonato Nacional Universitário, somando um total de 11 medalhas individuais (4 de ouro, 4 de prata e 3 de bronze).

Com um total de 113 atletas inscritos na prova, Aveiro foi a cidade que recebeu a equipa da AAUMinho e testemunhou a “garra do Norte” e o verdadeiro significado de “Espírito de Equipa”.

Na categoria de Poomsae Dan Feminino, Mara Francisco, atual campeã regional norte, alcançou a medalha de Bronze.

Com um total de 9 atletas, na categoria de Kup Individual, Carolina Nunes, também Campeã Regional Norte, alcançou a medalha de Ouro, e na categoria Kup Pares, a dupla fantástica Laura Duro e Pedro Cruz obtiveram a medalha de bronze.

Na vertente de combates, a AAUMinho conquistou um total de 8 medalhas. Filipa Bastos, André Semanas e Micaela Gomes, todos eles conquistaram, por esta ordem, os respetivos títulos nacionais universitários. As medalhas de prata foram conquistadas por João Cardoso, Mafalda Couto, Francyne Perini e Laura Duro. A medalha de bronze foi conquistada por Gabriela Araújo.

Suraj Maugi, técnico responsável pela modalidade de Taekwondo na Universidade do Minho, expõe que o seu grupo de atletas, “embora ainda não tenha a experiência acumulada e a qualidade de atletas de outros tempos, é uma colheita que já começou a dar os seus frutos, principalmente nestes dois últimos anos. É um grupo que tem melhorado o seu nível de ano para ano, tem vindo a demonstrar grandes capacidade individuais e coletivas, e os títulos arrecadados nestes dois últimos anos são a prova disso”, afirma. Realçando ainda que, “o que era uma nova colheita, é neste momento uma equipa com grande potencial”.

Suraj agradece a todos que foram apoiar a equipa e a todos os atletas, em especial à Ana Coelho e Marta Lopes, felicitando todos os atletas que representaram a AAUMinho e que em todas as fases e momentos da prova, “demonstraram respeito, foco e um espírito de equipa que ecoava no Pavilhão Aristides Hall”!

Texto: Ana Marques

FADU

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14.ª edição dos Prémios de Mérito Desportivo galardoou 71 estudantes-atletas da UMinho

14.ª edição dos Prémios de Mérito Desportivo galardoou 71 estudantes-atletas da UMinho

A cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Desportivo decorreu ontem, dia 6 de março, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Minho (UMinho), em Braga, e contou com a presença do Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, da Administradora dos Serviços de Ação Social, Alexandra Seixas, e da presidente da Associação Académica, Margarida Isaías, entre outras personalidades do nosso panorama académico, desportivo e político. 

Este foi, sobretudo, um momento de homenagem aos estudantes atletas que, a título individual ou coletivo, se sagraram Campeões Nacionais Universitários e que, em simultâneo, tenham obtido aproveitamento escolar de acordo com as condições previstas no Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo para o Ensino Superior. Os 71 estudantes-atletas foram assim galardoados pela conjugação da excelência desportiva com o mérito académico, premiação relativa ao ano 2022/2023, os quais receberam um certificado e um cheque-valor.  

Nesta que foi a 14.ª edição do evento, os premiados resultaram de 13 modalidades, sendo que o Andebol e o Voleibol foram as modalidades com mais premiados, 22 e 13, respetivamente. Para além destas, o Basquetebol elegeu nove atletas, o Futsal elegeu sete, o Basquetebol 3*3 elegeu quatro, Taekwondo, Orientação e Kickboxing elegeram três, Atletismo, Canoagem e Natação elegeram dois e o Karaté e Xadrez um.  Estes surgiram de 43 cursos da UMinho e de nove unidades orgânicas de ensino e investigação, sendo que as escolas mais representadas nos eleitos deste ano foram a Escola de Engenharia (32), a Escola de Medicina (10) e a Escola de Economia e Gestão (9). Dos 71 estudantes distinguidos, 40 são do sexo feminino e 31 do sexo masculino.

A cerimónia serviu para “reconhecer e enaltecer o mérito académico e os resultados desportivos dos nossos estudantes-atletas”, como começou por dizer a Administradora dos SASUM, agradecendo a vários responsáveis presentes, pelo apoio aos estudantes-atletas e ao projeto desportivo da UMinho, destacando-o “como um objetivo estratégico e elementar da Universidade do Minho no projeto educativo dos nossos estudantes”.

Sobre a época desportiva transata, salientou “que se revelou, uma vez mais, de muitas conquistas, com muitas medalhas, troféus, mas também com eventos e organizações de grande nível”. A UMinho alcançou, a nível nacional, 80 medalhas (32 de ouro, 23 de prata e 25 de bronze), registando-se 118 estudantes-atletas da UMinho medalhados em 19 diferentes modalidades. A nível internacional, foram conquistadas três medalhas de bronze com 16 estudantes-atletas da UMinho medalhados nos campeonatos europeus universitários de andebol e kickboxing. Para além destas competições, a UMinho foi palco do Campeonato Europeu Universitário de Voleibol Universitário, evento que contou com mais de 600 participantes de toda a Europa e que mereceu um voto de louvor pela excelente organização por parte da European Sports Universities Association. A época desportiva terminou da melhor forma com a conquista da medalha de ouro nos Jogos Mundiais Universitários, nos 5000 metros da prova de atletismo, pela nossa estudante-atleta Mariana Machado.

Apesar da atual conjuntura e dos constrangimentos financeiros, a UMinho voltou, pela 14.ª vez, a fazer este reconhecimento àqueles que alcançaram, simultaneamente, o sucesso nas competições desportivas e nas prestações académicas. “Esse esforço atesta a aposta inequívoca da nossa academia à importância da prática desportiva e ao desenvolvimento da carreira dual no projeto educativo da Universidade do Minho”, sublinhou Alexandra Seixas. Afirmando acreditar que, “o esforço, a dedicação e a prestação de cada estudante sai reforçada com mais e melhores competências, aspetos fundamentais no desenvolvimento pessoal, profissional e social de cada um. Acreditamos, assim, estar a reforçar o papel da Universidade do Minho na construção de uma sociedade mais capacitada e preparada para os desafios do futuro”, evidenciou.

Ao longo das 14 edições, já foram atribuídos 1 014 Prémios de Mérito Desportivo, num investimento global superior a 235 mil euros.

“Os Prémios de Mérito Desportivo premeiam a excelência: a excelência desportiva, o sucesso académico e a conciliação de ambos”, começou por dizer a presidente da Associação Académica. Destacando a UMinho como de “referência no desporto”, quer a nível nacional, quer nível internacional, bem como a nível do desporto informal. Relativamente ao sucesso académico, referiu que “na UMinho nunca se questionou o valor da prática desportiva e da sua conciliação com o estudo”, evidenciando que já em 1998, a UMinho implementou um regime especial para o efeito, “o qual abriu caminho para a criação do que é hoje o Estatuto do Estudante Atleta”, disse. Acrescentando ainda que, “somos, por isso, um íman para todos aqueles que desejam o melhor dos dois mundos e usamos esta cultura como bandeira”.

Sobre a cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Desportivo, deixou o desejo para que “continue a ser um exemplo” da conciliação da excelência desportiva com o sucesso académico, um exemplo que promova a vinda de “ainda mais estudantes à Universidade do Minho à procura da excelência desportiva e do sucesso académico”, um exemplo que “faça querer mais, mais organizações de competições nacionais e internacionais, mais participação de estudantes, mais medalhas e mais desporto no Minho”, um exemplo que “permita promover a prática desportiva formal e informal, com preços acessíveis nos ginásios e infraestruturas capazes e renovadas”, um exemplo “que garanta um currículo mais flexível, com uma carga horária mais acessível e olhe para o sucesso académico com o conjunto de aprendizagens dentro e fora de sala de aula”, um exemplo “quando olhamos para o subfinanciamento da Universidade e dos Serviços de Ação Social e se tenha de definir prioridades”, um exemplo “quando olhamos para o subfinanciamento do desporto universitário e definimos os valores para 2024, Sr. Reitor e Sra. Administradora, estamos já em março, temos de ver isso o mais rapidamente possível”, um exemplo “quando continuarmos a ver os nossos estudantes atletas a subir ao pódio, a fazer cadeiras e a receberem os prémios de mérito desportivo”, apelou Margarida Isaías.

Para terminar, a representante máxima dos estudantes declarou: “Que este dia seja não apenas uma celebração das conquistas passadas, mas também uma inspiração para o futuro”.

“Esta cerimónia significa a celebração do desempenho desportivo e académico dos nossos estudantes-atletas”, começou por dizer o Reitor da UMinho. “Estamos a reconhecer, estamos a valorizar os estudantes que obtiveram resultados desportivos de elevada qualidade e que, simultaneamente, mantiveram bons níveis de desempenho académico, e que desta forma concretizaram a aposta que a Universidade vem fazendo neste estatuto dual dos nossos estudantes”, afirmou. Aproveitou para reafirmar a aposta da UMinho no seu projeto desportivo de promoção do desporto e da atividade física, um projeto que caracterizou como “transversal a toda a Universidade”, que assenta, segundo este, “na valorização do desporto universitário como componente essencial da formação superior”. 

Realçando os inúmeros sucessos de 2022/2023, Rui Vieira de Castro refere que “é natural que nos sintamos convocados a prosseguir o caminho que vimos fazendo em prol da prática desportiva e do desporto universitário”, convocação que assenta também, “na convicção forte acerca dos benefícios que daqui podem decorrer para a vida pessoal, social e profissional de cada um”, patenteou.

Ainda sobre o projeto desportivo da UMinho, o Reitor alerta que, apesar dos excelentes resultados, “não podemos repousar nos resultados obtidos. Temos de olhar com alguma frieza também para aquilo que são as condições que hoje podemos oferecer a todos aqueles que buscam praticar atividade física ou praticar desporto de competição na nossa Universidade”.

O responsável máximo da Universidade apontou ainda para as “dificuldades” que se prendem com problemas nas infraestruturas físicas e nas condições que os serviços desportivos podem oferecer para a prática de desporto na Universidade, salientando que “a direção da Universidade está absolutamente consciente da situação em que nos encontramos e empenhada em garantir a melhoria dessas mesmas condições, para que não passe por aí um menor nível de desempenho dos nossos estudantes-atletas”, concluiu.

Sobre os Prémios de Mérito

Os prémios estão indexados ao valor da propina anual e são atribuídos apenas aos alunos que tenham aprovação em pelo menos 50% dos créditos das disciplinas em que estiveram matriculados e simultaneamente alcancem resultados desportivos de excelência em representação da Academia. O montante do prémio varia entre o valor integral da propina para os estudantes que conquistaram medalhas de ouro em competições internacionais universitárias, e 12,5% do valor integral da propina, no caso dos estudantes que se sagraram campeões nacionais universitários em modalidades coletivas ou provas por estafetas.

Texto: Ana Marques

Foto: SASUM

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UMinho entrega Prémios de Mérito Desportivo

UMinho entrega Prémios de Mérito Desportivo

A Universidade do Minho (UMinho) vai premiar mais uma vez os seus estudantes que conjugaram a excelência desportiva com o sucesso académico em 2022/2023. Ao todo serão distinguidos, com os Prémios de Mérito Desportivo (PMD), 71 estudantes atletas que obtiveram resultados de excelência em 13 modalidades.  O Andebol e o Voleibol foram as modalidades com mais premiados.

A cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Desportivo, relativa à época 2022/2023 realiza-se hoje, dia 6 de março, pelas 15h00, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Minho, em Braga.

A sessão conta com a presença do Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, da Administradora dos Serviços de Ação Social, Alexandra Seixas, da Presidente da Associação Académica, Margarida Isaías, e o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia.

Este será, sobretudo, um momento de homenagem aos estudantes atletas que, a título individual ou coletivo, se sagraram Campeões Nacionais Universitários ou alcançaram medalhas a nível europeu ou mundial e que, em simultâneo, tenham obtido aproveitamento escolar de acordo com as condições previstas no Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes de Ensino Superior.  

Os 71 estudantes premiados vão receber a bolsa e os respetivos certificados que atestam a sua excelência na vertente desportiva e académica. Estes surgem de 43 cursos da UMinho, sendo que as escolas mais representadas nos eleitos deste ano são a Escola de Engenharia (32), a Escola de Medicina (10) e a Escola de Economia e Gestão (9).

As equipas de Andebol Masculino e Feminino e o Voleibol Feminino conquistaram o título de campeãs nas Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s) 2023 que decorreram na cidade de Viana do Castelo, entre 17 e 28 de abril. Além disso, o Andebol Masculino foi também medalha de Bronze no Europeu Universitário. Estas foram as modalidades que viram mais atletas eleitos para receber o prémio, 22 e 13, respetivamente.

Dos 71 estudantes que vão ser distinguidos, 40 são do sexo feminino e 31 do sexo masculino.

A atribuição dos Prémios de Mérito Desportivo é uma iniciativa que já vai na sua 14.º edição. Ao todo, já foram atribuídos 1 014 Prémios de Mérito Desportivo, num investimento global superior a 235 mil euros.

Sobre os Prémios de Mérito

Os prémios estão indexados ao valor da propina anual e são atribuídos apenas aos alunos que tenham aprovação em pelo menos 50% dos créditos das disciplinas em que estiveram matriculados e simultaneamente alcancem resultados desportivos de excelência em representação da Academia. O montante do prémio varia entre o valor integral da propina para os estudantes que conquistaram medalhas de ouro em competições internacionais universitárias, e 12,5% do valor integral da propina, no caso dos estudantes que se sagraram campeões nacionais universitários em modalidades coletivas ou provas por estafetas.

Texto: Ana Marques

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Presidente da República condecorou o nosso antigo Reitor António Guimarães Rodrigues

Presidente da República condecorou o nosso antigo Reitor António Guimarães Rodrigues

O Presidente da República condecorou o nosso antigo Reitor António Guimarães Rodrigues, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública.

Marcelo Rebelo de Sousa entregou as respetivas insígnias a Lígia Rodrigues, filha do homenageado e professora da Escola de Engenharia da UMinho. A cerimónia decorreu ontem no Palácio de Belém, em Lisboa.

António Guimarães Rodrigues (1950-2023) esteve ligado à fundação da UMinho, onde foi professor catedrático, diretor do Departamento de Produção e Sistemas, presidente da Escola de Engenharia, pró-reitor e ainda Reitor entre 2002 e 2009. Começou a carreira docente na Universidade de Lourenço Marques (Moçambique) e, entre outros cargos, foi responsável do Instituto da NATO (ASI) Operations Research and Management in Fishing e do Centro de Computação Gráfica.

Texto: GCI

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XVIII CIDADE BERÇO

XVIII CIDADE BERÇO

A Afonsina – Tuna de Engenharia da Universidade do Minho traz de volta à cidade de Guimarães o Cidade Berço – Festival de Tunas Académicas.  O evento cultural decorre a 1 e 2 de março. 

Desde a sua primeira edição, ainda em 1999, o Cidade Berço tem permitido apresentar à comunidade vimaranense e minhota as vivências, os costumes e tradições de várias tunas do nosso país, acompanhadas pela musicalidade que caracteriza esses grupos de estudantes. O sucesso deste certame tem-se traduzido numa crescente aderência da cidade nas celebrações ao longo dos dois dias que o constituem. Mais de 200 participantes vêm sendo agraciados com uma adesão impressionante no Largo da Oliveira e no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, o que promove a qualidade do espetáculo produzido pelos mesmos.

Além da tuna anfitriã e de quatro grupos culturais da academia minhota, este ano participarão tunas de Lisboa, Covilhã e Viseu.

O evento divide-se em dois momentos distintos:
• Sexta-feira, dia 1 de março, às 21h30, no Centro Histórico de Guimarães: Noite de Serenatas de entrada gratuita com a participação das tunas a concurso e extraconcurso.
• Sábado, dia 2 de março, às 21h30, no Grande Auditório do Centro Cultural de Vila Flor: Noite de Espetáculo com a participação da tuna anfitriã e das tunas a concurso.

Os bilhetes para a Noite de Espetáculo já se encontram à venda, podendo ser adquiridos no Espaço Recurso da Universidade do Minho, na FNAC, Bilheteira Online e postos aderentes.

Todas as informações sobre este evento podem ser consultadas nas redes sociais da Tuna Afonsina.

Texto: Afonsina

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ECUM projeta nova casa para a próxima década

ECUM projeta nova casa para a próxima década

A revelação foi feita pelo presidente da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) na cerimónia de celebração dos 49 anos da instituição. Um projeto que poderá vir a ser também, o projeto de maior envergadura da Universidade do Minho (UMinho) nas últimas décadas.

Apesar dos investimentos feitos no último mandato na infraestrutura e segurança do edifício 6, a sede da ECUM, tais como o recrutamento de um técnico superior especializado e a realização de formações específicas de segurança, para além das intervenções já finalizadas no laboratório de Química e substituição de grande parte da cobertura do edifício, sendo que atualmente estão ainda a ser intervencionados mais dois laboratórios, o que, segundo o presidente da ECUM, José González-Méijome, “em conjunto permitirão redefinir e otimizar grande parte da atividade de investigação, formação especializada e avançada na área, especialmente de química orgânica”, a unidade orgânica está a fazer crescer “o projeto para as futuras instalações da Escola de Ciências no campus de Gualtar, com a aspiração de que entre em funcionamento no prazo de 5 a 10 anos”, apontou de forma realista o responsável da ECUM. 

Realçando que este projeto significa para a ECUM “um compromisso e uma responsabilidade acrescida, à qual responderemos com um projeto de infraestrutura moderna e flexível, que não constituiu um fim em si próprio, mas antes um meio para alcançar novos desafios científicos, pedagógicos e de interação com a sociedade da segunda metade do sec. XXI”.

Nesta que foi a sua última cerimónia de aniversário da Escola enquanto presidente, José González-Méijome apresentou uma “taxa de execução global de 93%” no âmbito das medidas previstas no plano de ação da Escola, afirmando que a ECUM “está agora com melhores condições ainda para atrair novas lideranças que continuem o trabalho”, indicando que a instituição ruma assim ao seu cinquentenário, que será comemorado dia 21 de fevereiro de 2025, “por um melhor futuro com ciência”.

O presidente anunciou ainda que a Escola atribuirá este ano, o segundo título de professor emérito, o primeiro nos últimos 20 anos. E, pela primeira vez, será atribuído, por proposta da ECUM, o 22.º Honoris Causa, ao Nobel da Física, Alain Aspect, antigo colaborador da ECUM.

O reitor da UMinho parabenizou a Escola, uma das fundadoras, assinalando os contributos desta como “essenciais” para concretização da missão e dos objetivos da Universidade. Saudando também a atual direção pela dimensão de concretização do seu plano de ação.

Falando sobre o futuro da UMinho, Rui Vieira de Castro destacou aquele que, para si, é um dos processos mais importantes, a “transformação organizacional”.

Colocando o foco na revisão dos Estatutos, destacou dois eixos fundamentais, o primeiro, “o reforço da autonomia das unidades orgânicas”, e o segundo, “a busca de uma maior maleabilidade organizacional” que permita à Universidade responder à emergência de novas realidades. Apelando à participação da comunidade académica no processo que está em curso, sublinhou que “não se trata aqui de assegurar uma maior representação do corpo A ou B, mas antes com um olhar focado naquilo que são as formas de organização que podem permitir, numa circunstância nova, encontrar as melhores formas de nos organizarmos para termos, ao nível das nossas unidades, uma maior maleabilidade e uma maior capacidade de resposta”, disse.

O responsável máximo da UMinho destacou ainda outros processos importantes em curso, “a transformação da oferta educativa”, uma questão que para este, “a Universidade tem dificuldade em olhar criticamente para projetos que já não correspondem os objetivos da sua criação”, assinalando que os cerca de 230 cursos conferentes de grau existentes na UMinho (mais de metade são mestrados, cerca de 60 licenciaturas e cerca de 60 programas de doutoramento), são “um número que merece reflexão”, disse. Assinalando ainda, que a oferta não conferente de grau “tem hoje e vai continuar a ter, cada vez mais, uma importância positiva para a instituição”, pelo que se deve olhar para ela como componente também da atividade docente dos docentes de carreira, “isso vai acontecer mais tarde ou mais cedo”, patenteou.

Sobre a investigação e inovação, indicou que a UMinho apostou de forma “ousada” nos dois instrumentos tornados disponíveis, o apoio do Orçamento do Estado à contratação de investigadores e o FCT Tenure, “o nosso objetivo de atingirmos com estes dois instrumentos cerca de 150 investigadores de carreira na Universidade vai representar um salto qualitativo imenso para a nossa instituição”, alertando para a responsabilização que esta aposta traz, relativamente à capacidade de a UMinho “traduzir esses recursos humanos em efetiva obtenção de financiamentos no quadro de projetos, sobretudo financiados por entidades que não as nacionais”, expôs.

Terminou, avisando que a Universidade “não pode frustrar as esperanças, as expectativas que sobre ela são colocadas”, apontando que a ECUM “terá aí um papel importante.

Texto: Ana Marques

Foto: Nuno Gonçalves