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UPA 2023 recebeu cerca de 5000 jovens em Azurém

UPA 2023 recebeu cerca de 5000 jovens em Azurém

A UPA 2023 decorreu nos dias 30, 31 de março e 1 de abril, no campus de Azurém, em Guimarães, e foi a maior edição de sempre em termos de inscrições, com cerca de 5000 estudantes de várias escolas secundárias da zona norte.
 
?Estão inscritos 5000 jovens? revelou a pró-reitoria para a Comunicação Institucional, Teresa Ruão, durante o segundo dia do evento e também o de maior enchente, só na sexta-feira a UPA recebeu cerca de 3000 estudantes.

O evento apresentou a UMinho numa perspetiva integral, conjugando a apresentação da sua oferta educativa, através de uma Mostra, onde estiveram representadas todas as Escolas e Institutos da UMinho, com a visita aos espaços e a possibilidade de conhecer e experimentar os seus recursos, através da participação em visitas guiadas, workshops, palestras, entre outras dinâmicas.

A UPA foi marcada por um ambiente de festa, com atividades, animação, desporto, cultura e muitas iniciativas que visaram um conhecimento da Academia, do que esta faz e oferece, bem como permitir contactar com o ambiente e a vivência académica.

Esta foi também uma oportunidade para que todos os participantes pudessem conhecer as infraestruturas e serviços que a UMinho disponibiliza à comunidade estudantil, para a prossecução dos estudos e para o desenvolvimento de ferramentas transversais. As atividades disponibilizadas, todas elas gratuitas, tinham como públicos-alvo, para além dos estudantes do 9.º ano e do ensino secundário, professores, orientadores vocacionais, pais e encarregados de educação.

Os estudantes participantes e possíveis futuros alunos da UMinho, procuravam, sobretudo, conhecer as áreas e cursos que têm ao seu dispor, quais as mais interessantes para si, de forma a poder orientar os seus estudos e tomar decisões informadas sobre o seu futuro académico. 

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Diretora-Geral da Saúde na UMinho para o lançamento de Guias de Comunicação em Saúde

Diretora-Geral da Saúde na UMinho para o lançamento de Guias de Comunicação em Saúde

Hoje, dia 11 de abril, pelas 15h00, na Galeria do Paço da Reitoria da Universidade do Minho, em Braga, terá lugar o lançamento dos Guias de Comunicação em Saúde para o Plano Nacional de Saúde (PNS) 2030. A sessão conta com a presença de Graça Freitas, diretora-geral da Saúde.
 
Da autoria de Ana Duarte Melo, Teresa Ruão, Sara Balonas, Marta Alves e Marta Ferreira, investigadoras do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da UMinho, os dois guias estão disponíveis em acesso aberto e centram-se na indicação de boas práticas de Comunicação em Saúde e na reflexão sobre a necessidade de áreas de especialização. 
 

Guia de Boas Práticas ?estabelece as bases de comunicação do PNS 2021-2030, apoiando o planeamento estratégico para a saúde sustentável, do nível nacional ao local?. ?A sua natureza é operacional e o seu objetivo é facilitar e otimizar o processo de comunicação do PNS 2021-2030, capacitando os profissionais de saúde e outros parceiros para uma comunicação mais estratégica, eficiente e assertiva?, referem as autoras. 

Guia de Comunicação ? Áreas Especializadas ?integra, em conjunto com o Guia de Boas Práticas, as bases de comunicação do PNS 2021-2030, apoiando o planeamento estratégico para a saúde sustentável, com conhecimento mais aprofundado de técnicas, processos e práticas de determinadas áreas específicas de comunicação?.

Fonte: GCI

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Professores e grupo de alunos da Escola de Medicina vencem Arqus Teaching Excellence Award

Professores e grupo de alunos da Escola de Medicina vencem Arqus Teaching Excellence Award

Os professores Margarida Correia Neves e Jorge Hernâni Eusébio, da Escola de Medicina da Universidade do Minho, a par dos (ex-)alunos Beatriz Costa, Carolina Lopes, Carolina Martins, Célia Araújo, Duarte Baptista e Nuno Madureira, receberam o Teaching Excellence Award da Aliança Europeia Arqus. Trata-se de um prémio que reconhece projetos de ensino inovadores, entre propostas submetidas pelos 9 parceiros da Arqus.
 
O reconhecimento coube às inovações desenvolvidas na unidade curricular (UC) de Medicina Humanitária do curso de Medicina da UMinho. O prémio foi atribuído na categoria ?Ensino Baseado na Investigação?, materializa-se em 5000 euros para aplicar no ensino e foi entregue ontem na Conferência Anual da Arqus, em Graz, Áustria. 
 

?Os estudantes sentem necessidade de estar expostos a certas experiências e de desenvolverem estratégias para lidar no futuro com a diversidade humana enquanto profissionais de saúde?, explica Margarida Correia Neves. ?Esta distinção reforça a relevância de dar mais oportunidades aos estudantes de contribuírem na sua formação e dos colegas, visto que esta disciplina foi desenvolvida quase inteiramente por (ex-)estudantes e o meu papel foi acreditar neles e no seu trabalho?, acrescenta. A disciplina tem o lema “Por uma medicina mais humanitária” e deriva em parte da associação de voluntariado Porta Nova, criada por aqueles alunos em 2017. Os conteúdos abordam desde cuidados de saúde para trabalhadores do sexo, reclusos, toxicodependentes ou refugiados até à comunicação com minorias étnicas e religiosas ou a aulas de economia social, explica Jorge Hernâni Eusébio. 

UMinho recebe Conferência em 2024 

A Conferência Anual da Arqus juntou a semana passada cerca de 250 stakeholders, dirigentes, profissionais e estudantes das nove universidades parceiras, incluindo uma comitiva da UMinho. Na segunda-feira houve reuniões do Conselho de Reitores, workshops de planeamento estratégico e uma receção do governo da Áustria. A abertura oficial contou na terça-feira com o ministro austríaco da Educação, Ciência e Investigação, Martin Polaschek, entre outros. O programa incluiu depois uma mesa redonda alusiva aos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o tema central do evento, além de sessões sobre os progressos nas várias linhas de ação da Aliança e com diversas intervenções da UMinho, fortalecendo a colaboração em investigação, educação, inclusão, multilinguismo e interação com a sociedade. Foi a primeira conferência do Plano de Trabalhos Arqus 2022-26 e com a Universidade de Maynooth, que se juntou recentemente. 

?Esta é uma excelente oportunidade para continuarmos a construir a comunidade para um progresso ideal rumo à verdadeira integração das nossas universidades. É o espaço para olharmos para os objetivos e necessidades imediatos da Aliança e, em simultâneo, discutirmos numa perspetiva ampla como enfrentarmos juntos os grandes desafios na Europa e no mundo?, segundo a coordenadora da Arqus, a professora Dorothy Kelly. Na sessão de encerramento, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, anunciou que a IV Conferência Anual da Arqus vai realizar-se na UMinho, em finais de junho ou inícios de julho de 2024: ?A Arqus tornou-se um projeto central na nossa estratégia institucional e estamos muito contentes em integrar este evento nas comemorações dos 50 anos da UMinho, todos serão muito bem-vindos?.

Financiada pelo Programa Erasmus+ e pelo Programa Horizonte 2020 da UE desde 2018, a Arqus é coordenada pela Universidade de Granada (Espanha) e inclui as universidades de Bergen (Noruega), Graz (Áustria), Leipzig (Alemanha), Lyon (França), Maynooth (Irlanda), Minho (Portugal), Pádua (Itália), Vilnius (Lituânia) e Wroclaw (Polónia).

O site oficial é: www.arqus-alliance.eu.

Fonte: GCI

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Entrevista ao Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro

Entrevista ao Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro

Rui Vieira de Castro é reitor da UMinho desde 2017. A exercer o seu segundo mandato à frente da Academia minhota, assume um olhar de otimismo relativamente ao futuro.

Reeleito reitor da Universidade do Minho (UMinho) em 2021, Rui Vieira de Castro estará à frente dos destinos da Instituição até 2025. Pelo caminho, nestes mais de 5 anos, teve de lidar com uma crise pandémica, com um subfinanciamento cada vez mais estrangulador do esforço da Universidade, e agora, com uma guerra instalada na Europa que tem gerado impactos económicos e sociais avassaladores para a Universidade e para o país.

UMdicas esteve à conversa com o Professor, que numa longa conversa fez balanços, da sua prestação e da Instituição que lidera, traçou caminhos e projetos, deixou desejos e lançou apelos, deixando sempre patente a relevância do projeto da UMinho. 

  • Decorre o segundo mandato como Reitor da UMinho. Que balanço faz destes 5 anos à frente dos destinos da academia e quais são os principais projetos até final do mandato?

Fazer um balanço de 5 anos de Reitor, naqueles que foram os 5 anos que vivemos, é algo que não pode deixar de ponderar aquilo que foram fatores externos, que condicionaram de forma muito significativa e que tiveram grande impacto no funcionamento da Universidade.

Refiro-me muito particularmente àquilo que foram os dois anos em que o funcionamento da instituição esteve fortemente afetado pela crise pandémica. E agora, mais recente, por efeito do conflito instalado no centro da Europa, há um conjunto de impactos na sociedade e na economia que vieram criar uma circunstância nova e inesperada.

Isto não significa que este quadro de dificuldades tenha impedido a consolidação do projeto da UMinho e da sua capacidade de responder àquilo que são os objetivos que orientam a instituição. A este propósito gostaria de relevar alguns aspetos que me parecem fundamentais, e fá-lo-ia considerando aquilo que são as várias dimensões de atuação da Universidade, ou seja, no domínio da educação, no domínio da investigação e da inovação e no domínio da interação com a sociedade.

Relativamente ao domínio da educação, nestes 5 anos, a UMinho continuou a crescer, de forma significativa, em número de estudantes. Estamos hoje com cerca de 21 000 estudantes, um crescimento de aproximadamente de 2000 alunos face àquilo que era o corpo discente da Universidade há 5 anos. Este crescimento representa, evidentemente, aquilo que a instituição é capaz de oferecer, representa também um significativo grau de adequação daquilo que é a nossa oferta educativa, àquilo que são as expectativas e necessidades das pessoas. Mas representa, também, o quadro daquilo que tem sido a chegada ao ensino superior, que se tornou muito evidente ao longo dos últimos anos, de um maior número de pessoas. Há um crescimento generalizado na procura do ensino superior. Esta capacidade da UMinho responder àquilo que é a procura social tem sempre presente a necessidade de adequação da oferta educativa àquilo que são necessidades da economia e da sociedade, àquilo que são aspirações das pessoas. A UMinho é uma instituição de ensino superior cada vez mais relevante para as pessoas, e isso é visível no aumento da procura de que ela é objeto. Temos clara consciência de que a procura da educação superior e a chegada das pessoas à Universidade é apenas uma condição para a Universidade cumprir a sua missão, porque, de seguida, o que se espera é que a Universidade seja capaz de assegurar que as pessoas que cá chegam, cá permaneçam, obtenham os seus graus em tempo útil, que a sua qualificação seja efetiva e que depois a transição para os mercados de trabalho, seja também bem sucedida.

Nesta perspetiva, e queria também relevar destes 5 anos, na UMinho fomos capazes de desenvolver um conjunto de iniciativas tendentes a acautelar a qualidade dos percursos académicos dos nossos estudantes. São iniciativas de várias naturezas, desenvolvidas em articulação com a Associação Académica, que tem a ver com o acompanhamento dos percursos, tal como a iniciativa que fomos expandindo das Tutorias, as Mentorias, que agora têm uma componente internacional, são excelentes exemplos desta preocupação. Como é também o esforço que tem sido colocado na qualificação pedagógica dos nossos docentes, uma preocupação central na atividade da Universidade, que tem vindo a fazer com que a UMinho venha assumindo, cada vez mais, um papel muito relevante na dinamização de um processo que é visível em Portugal de promoção da capacitação pedagógica dos docentes do ensino superior, e também com expressão no contexto internacional, designadamente no fórum que a Associação Europeia de Universidades tem para trabalhar estas matérias.

Esta preocupação com a qualidade da educação, traduzida num conjunto de iniciativas concretas, é também, do meu ponto de vista, um resultado muito importante da nossa atividade ao longo do tempo.

Olhando ainda para os estudantes, diria ainda que estamos a dar hoje, passos decisivos para uma velha aspiração da Universidade, que era a do alargamento do seu parque de residências universitárias. Este projeto foi iniciado em 2018, no quadro do Plano Nacional de Alojamento de Estudantes do Ensino Superior, que acabou por não ter o efeito esperado, mas que agora, no quadro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ganhou de facto um impulso novo. Candidatamos dois projetos principais, uma residência em Braga e outra em Guimarães, com circunstâncias distintas. Em Guimarães o projeto é assumido integralmente pela Universidade, em Braga, o dono da obra é a Câmara Municipal de Braga, embora tenha havido aqui uma intervenção muito significativa da Universidade na conceção do próprio projeto, e as coisas encaminhar-se-ão para que a Universidade venha a assumir a gestão do edifício da Fábrica Confiança.

Gostava ainda de relevar que o Colégio Doutoral é uma estrutura que está, de facto, a contribuir de forma muito significativa para a melhoria da qualidade da educação doutoral na UMinho, respondendo àquilo que ela deve ser em termos de práticas associadas, em termos de integridade e ética académica, práticas relacionadas com os modos de promover a orientação dos estudantes, com a capacitação em dimensões transversais dos próprios estudantes de doutoramento, de preparação para a sua inserção também noutros contextos que não apenas os conselhos científicos, também de construção de referenciais de qualidade. Estamos a falar de um projeto que tem sido de qualidade e que se afirmou de forma significativa na nossa instituição.

Quando olho para o campo da Investigação e da Inovação, diria que os aspetos principais se prendem com a consolidação do corpo de investigadores da Universidade. Temos os nossos estatutos, a nossa legislação, a investigação está adequadamente enquadrada, mas a verdade é que só muito recentemente podemos falar de um verdadeiro corpo de investigadores de carreira da Universidade. Por outro lado, e tendo em conta decisões que foram tomadas pelo Governo, temos uma alteração que é qualitativa e significativa do estatuto dos investigadores, da natureza do contrato que têm com a Universidade. A verdade é que em todo este contexto, a Universidade tem hoje à volta de 380/400 investigadores contratados, muitos deles contratados para desenvolvimento de projetos de investigação e inovação, mas, destes, cerca de 10% são já investigadores de carreira. Esta é de facto uma alteração qualitativa muito importante.

Regressando à avaliação dos 5 anos, o que importa notar, apesar de todas as dificuldades que mencionei, é a enorme vitalidade que a instituição tem. Hoje temos mais de 750 projetos de investigação e desenvolvimento em curso na Universidade, com um orçamento que ultrapassa os 200 milhões de euros. Este número de projetos coloca enormes desafios à nossa máquina administrativa que nem sempre tem tido suficiente capacidade de resposta, como também desafios de outra ordem são colocados por aquilo que é alguma dificuldade das entidades financiadoras em, atempadamente, procederem aos reembolsos da Universidade. Depois, é evidente que essa vitalidade tem expressão naquilo que é a avaliação que é feita do nosso sistema de unidades de investigação, temos cerca de 90% dos nossos investigadores em unidades que estão classificadas como ?excelente? ou ?muito bom? nas avaliações da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o número de publicações científicas da UMinho continua a crescer regularmente ao longo dos anos. Tivemos também ocasião de ter uma participação que cresceu significativamente: estamos hoje presentes em 9 laboratórios associados, em 13 laboratórios colaborativos e isto representa o salto daquilo que é a atividade científica da Universidade.

Olhando para o plano das infraestruturas, vamos ter, muito proximamente, a abertura do novo edifício do 3Bs, no AveParque, uma infraestrutura científica de grande qualidade.

Ao nível da Interação com a Sociedade, esta faz-se de muitas maneiras. Uma forma de o fazer são os projetos que desenvolvemos em colaboração com entidades de natureza empresarial, Bosch, Continental, Sonae, são exemplos de entidades com as quais vimos desenvolvendo projetos de grande impacto, que envolvem um elevado número de recursos financeiros, supõem a criação de emprego altamente qualificado, que se traduzem na própria alteração da produção destas empresas, da riqueza que são capazes de criar. Isto é uma marca da Universidade que tem de ser sublinhada. Conseguimos também neste período, reforçar a nossa intervenção no quadro de projetos com estas características.

Mas não se restringe a esta dimensão aquilo que são as formas de interação que temos com a sociedade. Há outros instrumentos, há outras figuras, outros recursos que nós temos e que gostaria de relevar. Entre eles encontram-se, evidentemente, a nossa Rede Casas do Conhecimento, um projeto notável, por aquilo que representa de articulação entre a Universidade e as autarquias da região. As nossas unidades culturais que também elas desenvolvem uma atividade sistemática, seja de preservação, seja de disponibilização e divulgação de património cultural. Neste período fizemos exposições que foram marcantes, a exposição sobre o André Soares ou sobre o Espólio da Diamang, foram marcos nesta nossa atividade de divulgação do património cultural. Vamos colaborando com entidades da nossa envolvente através de outras estruturas específicas, como é o caso da Associação de Psicologia ou do Projeto P5 da Escola de Medicina que, operando na área genérica das ciências da saúde, tem dado contributos importantíssimos no quadro das relações que temos vindo a estabelecer com os municípios. Este tipo de intervenção estruturada, sistemática, significa também a passagem para um outro plano dos nossos modos de relação com os municípios e com as populações, nestes casos concretos, através da prestação de cuidados de saúde, seja numa lógica preventiva, seja numa lógica de intervenção. Ainda nesta relação com os municípios, relevo a vitalidade desta relação, desde logo com as cidades onde estão os campi da UMinho, Braga e Guimarães, foi neste período que pudemos começar a contar com as instalações do edifício do Teatro Jordão e da Garagem Avenida, infraestruturas de grande qualidade, mas temos outros projetos com este município. Estamos também a fazê-lo em Braga, recordo o projeto do Convento de São Francisco, como exemplo maior da colaboração que vamos tecendo, sendo que também é verdade que nos vamos articulando com outros municípios, no sentido da instalação de novos polos da Universidade, polos de natureza diferenciada, mas que não deixam de ser polos de atividade da UMinho. Isto tem-se conseguido de uma forma muito interessante com Famalicão, e agora com Esposende, orientando a atividade nestes, sobretudo para a investigação e inovação.

Diria, por fim, que, nesta estratégia de interação com a sociedade, a UMinho Editora tem vindo a fazer um trabalho notável de divulgação daquilo que é a produção académica, mais genericamente, intelectual dos membros da UMinho, aberta também à colaboração de pessoas externas à Universidade, mas que se está a afirmar como um projeto de grande qualidade.

Estes são, de facto, os grandes marcos que, nestes três eixos fundamentais de atuação da Universidade, gostaria de sinalizar. Claro que isto é efeito de uma comunidade que tem sido caracterizada por uma grande capacidade de resiliência, resistindo muitas vezes a condições adversas, mas não esquecendo nunca aquilo que são os nossos objetivos fundamentais.

Sobre os próximos anos, temos no domínio da Educação, uma grande ambição que é a da reorganização da oferta educativa da Universidade. A nossa oferta educativa é fortemente estruturada sobre cursos conferentes de grau, e estamos a procurar complementar, de uma forma que queremos um alargamento e complexificação da oferta educativa, procurando torná-la sensível àquilo que são necessidades que se exprimem na procura de uma oferta que não é necessariamente conferente de grau. Cursos de curta duração, orientados para a promoção da aquisição de determinado tipo de conhecimentos, competências e capacidades. Este é hoje um objetivo que do nosso ponto de vista a instituição deve perseguir, e que já está a ser materializado em outras instituições no plano internacional.

O outro objetivo prende-se com o facto da qualidade da investigação e da inovação produzida na nossa Universidade. O reforço do corpo de investigadores é um objetivo que está assumido, vamos ter uma circunstância particularmente difícil por efeito do término dos contratos das pessoas que estão entre nós ao abrigo da norma transitória do Decreto-Lei nº 57/2016. Estas pessoas vão ter que, de algum modo, ter condições para a prossecução da sua atividade, a Universidade está preocupada com isso, está a fazer o seu percurso, está a fazê-lo através da criação de uma carreira específica de Técnico Superior de Gestão de Ciência e Tecnologia, estamos também a procurar que junto do ministério sejam desencadeadas medidas que confiram maior autonomia às instituições para desenvolverem aquilo que são políticas de ciência próprias. Portanto, vamos ter um período que vai ser muito estimulante deste ponto de vista, sendo que para nós, uma coisa que é clara, queremos reforçar a nossa posição, queremos continuar a aumentar o número e a qualidade da nossa produção científica, queremos reforçar a carreira de investigação dentro da Universidade e queremos prosseguir o desenvolvimento de projetos de inovação. E aqui, as chamadas agenda mobilizadores, projetos que envolvem as universidades, instituições de investigação, entidades do sistema empresarial, são projetos absolutamente fulcrais para nós. Estamos num largo número de agendas mobilizadoras, em 18, agendas que têm como objetivo, contribuir para a transformação do tecido empresarial em Portugal, da qualificação da nossa economia e desenvolvimento da nossa sociedade. A Universidade está fortemente comprometida com esse tipo de projetos, diria que na área da inovação, esse é o grande objetivo que se nos coloca, criação de condições para que a nossa intervenção nas agendas mobilizadoras seja capaz de ajudar, de dar contributos reais para a transformação do país.

Outra área que projeto como de grande relevância para a instituição, prende-se com a internacionalização da Universidade. Esta faz-se a partir de múltiplos instrumentos, mobilidade de estudantes e docentes, práticas de cooperação internacional no âmbito da cooperação estão muito consolidadas dentro da Universidade, agora, temos uma realidade nova que nos é criada pela participação na Aliança Europeia Arqus. A contribuição para a consolidação da Arqus e a internalização na Universidade daquilo que são as possibilidades que a Arqus abre, são também objetivos fundamentais para este mandato.

Em suma, os grandes objetivos serão a aposta na formação não conferente de grau, aproveitando o caminho aberto pelos programas impulsos do PRR, mas que queremos que ultrapassem o tempo de concretização desses programas. Na área da investigação, o reforço das carreiras e o reforço das nossas unidades de investigação. Na interação com a sociedade, as agendas mobilizadoras, não esquecendo também a necessidade de continuarmos a nossa atividade na esfera cultural que estamos a perspetivar, através de uma redefinição das formas de articulação das várias unidades culturais. A ideia é a definição clara das políticas culturais da UMinho, e que não podem ser aquelas que existiam há 5 anos ou 10 anos, porque, entretanto, o tecido cultural, felizmente, tornou-se muito mais rico e complexo, por isso, agora tem de ser apropriado de uma forma diferente e muito em rede com aquilo que são as outras entidades que compõem o tecido cultural. 

Olhando para dentro da instituição, diria que há dois tipos de projetos principais. Um prende-se com o repensar da Universidade como organização, a Universidade cresceu muito, tornou-se muito mais complexa, o contexto envolvente é muito mais desafiante, coloca-nos novos problemas e requer novas respostas, e nós temos de adequar a nossa organização a esta realidade interna e externa. A revisão dos estatutos, que está já lançada e que esperamos que esteja concluída ao longo de 2023, busca precisamente isso. A proposta está entregue no Conselho Geral, ela admite a criação de novas unidades dentro da Universidade. Vamos ainda este mês, desencadear o processo de revisão do Plano Estratégico da Universidade, documentos importantes para a definição daquilo que é o nosso futuro.

Ainda nesta esfera interna, é nossa grande ambição, criar outro pelouro, que está previsto na equipa reitoral, sobre simplificação e modernização administrativa, aspetos que, para nós, são absolutamente fundamentais. As exigências hoje colocadas sobre a administração da Universidade são muito grandes e, por isso, temos de encontrar caminhos de simplificação administrativa por um lado, e temos de encontrar também caminhos de modernização de todos os nossos sistemas de informação. Esses são dois grandes objetivos, duas grandes ambições neste particular para a Universidade, isto é, precisamos de tornar mais simples os nossos procedimentos, mas também sermos capazes de nos dotar das ferramentas, dos instrumentos que permitam essa simplificação. São dois projetos que estão já em curso e que passam, desde logo, pela revisitação de tudo o que são processos administrativos dentro da Universidade, passa também pela aquisição de novas ferramentas, de novas plataformas informáticas que nos permitam gerir, designadamente, tudo aquilo que são os recursos humanos da instituição e toda a área financeira.

Falando agora da área financeira, diria que uma grande preocupação e objetivo, prende-se com a sustentabilidade financeira da própria instituição. Se não tivermos garantida essa sustentabilidade, não conseguimos concretizar, de forma adequada, a nossa missão. Foi nesse sentido que lançamos o novo modelo de elaboração e aplicação dos orçamentos, criando condições para uma maior autonomia e responsabilidade das nossas unidades orgânicas. 

  • Como vê o papel do Reitor neste meio diverso que é o da Universidade? Sente que tem sido um bom líder?

O que eu sei é que as circunstâncias em que estamos são particularmente difíceis e desafiantes, pelos condicionalismos externos, também por aquilo que é um processo doloroso de transformação interna da própria Universidade, isto num contexto de rarefação de recursos financeiros, que não nos permitem contratar as pessoas que gostaríamos, que não nos permite adquirir todas as ferramentas que necessitaríamos, por efeito daquilo que é subfinanciamento, que é crónico da UMinho face a outras instituições de ensino superior. Estas são as condições objetivas, evidentemente, seria muito mais feliz se tivesse outras condições externas, mas eu sabia que essas eram as minhas circunstâncias. O que posso dizer é que tenho feito o meu melhor, estou rodeado de pessoas em quem deposito grande confiança, procuramos permanentemente incutir nas pessoas, dentro da organização, a importância de não perdermos de vista aquilo que são os objetivos essenciais da Universidade, e, portanto, de não perdermos energia face à adversidade das condições.

O meu papel, entendo-o como o de ser capaz de carrear para dentro da Universidade um capital de esperança, e faço-o recordando aquilo que de muito bom temos feito, mesmo em circunstâncias muito difíceis, e também sinalizando que há no horizonte novas possibilidades, sobretudo aquelas que podem decorrer da alteração do modelo de financiamento das instituições de ensino superior. Esse tem sido o nosso problema fundamental. A UMinho não está a ser adequadamente financiada, isso foi reconhecido pela Senhora Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior aquando da preparação do Orçamento do Estado (OE) para 2023. A nossa Universidade deveria ter sido dotada de mais 14 milhões no orçamento e isto faria toda a diferença para nós. Lamento muito esta circunstância, tenho procurado dizer à comunidade que estando todos nós conscientes da injustiça enorme que está a ser cometida com a Universidade, tenho para mim que não podemos, em caso algum, desistir do nosso compromisso que não é alienável com as pessoas, com a região e com o país, que espera os contributos da UMinho e tem-no demonstrado em contínuo.

Não me cabe fazer uma avaliação da minha atuação, apenas posso dizer que tenho muito claro qual é o caminho que a Universidade deve seguir, estou rodeado de pessoas que interpretam, do meu ponto de vista, de forma adequada esse rumo para a instituição. Temos uma preocupação fundamental de mobilizar a comunidade em torno desses objetivos, aliás, é isso que explica todo o esforço que temos feito para partilhar com as unidades orgânicas, indo às unidades, reunindo com a frequência necessária com as nossas unidades, no sentido de, em permanência, procurar motivar as pessoas, o que às vezes não é fácil dada a adversidade das circunstâncias. 

  • É um ?filho? da UMinho. Foi aluno, professor, investigador, teve cargos de gestão e de responsabilidade em várias funções. Revisitando este trajeto, o que lhe apraz dizer em relação a si e sobre a UMinho? Para além da faceta de Reitor, como se interpreta como pessoa e como cidadão? Consegue ter tempo para fazer coisas por prazer e não só por obrigação?

O meu percurso de vida é quase indissociável da Universidade. Cheguei à UMinho, como estudante, em 1976, e com uma escassa interrupção de 4 anos, fiz a minha vida nesta Universidade. Pude acompanhar e viver a notável transformação que a Universidade teve, só possível, a meu ver, por duas circunstâncias. Primeiro, os fundadores da UMinho tinham uma visão muito clara de qual deveria ser o projeto da Universidade e dos seus objetivos, as articulações, as conexões, as relações que a Universidade tinha de procurar estabelecer, e também sobre a forma de organização da própria Universidade. Foi isso que tornou possível, também em situações extremamente difíceis, que a UMinho se tivesse conseguido afirmar. Segundo, as pessoas que fizeram a Universidade, as sucessivas gerações de estudantes, professores, trabalhadores que construíram esta instituição e a tornaram uma instituição de referência como é hoje. A perceção desta história e também a minha participação, responsabiliza-me. O meu tempo organiza-se, sobretudo, em função daquilo que é a vida da Universidade, sobretudo quando o contexto é difícil. Isto acontece também, primeiro, porque consigo encontrar compreensão por parte da minha família, que é, objetivamente, prejudicada pelo exercício destas funções, nestas circunstâncias. Mas isto não me anula como pessoa multidimensional, tenho que, obviamente, encontrar espaços para estar com as pessoas de quem mais gosto e para fazer coisas de que gosto muito. Não prescindo de ler, sempre fui um grande leitor de ficção, de ensaio e de poesia, e continuo a sê-lo, sempre fui um grande apreciador de cinema e continuo a sê-lo, gostaria de praticar mais desporto do que aquilo que pratico, mas é assim. É uma circunstância de vida muito desafiante, mas que não anula a minha multidimensionalidade. 

  • Quais foram os maiores desejos que formulou neste 49.º aniversário desta Academia?

Aquilo que exprimi foi a aspiração de que a UMinho pudesse olhar para aquilo que é a sua missão, revisitando-a, repensando-a em função de novas circunstâncias. O mundo está a mudar de forma muito acelerada, não imaginaríamos que uma crise pandémica se iria abater sobre nós como se abateu, não imaginaríamos que teríamos hoje, a situação política que temos, bem perto de nós, e nos afeta, obviamente, também. Aliás, estamos numa situação política que é muito complexa por efeito da guerra. Estas circunstâncias vão-se alterando de forma cada vez mais rápida, a Universidade deve ser capaz de ver um pouco além da sua circunstância imediata, de se projetar no futuro a partir das antecipações desse mesmo futuro. Portanto, o meu desejo é que a Universidade possa fazer isso, seja capaz de se adequar, sendo que esta adequação não pode inibir a sua natureza de universidade, de casa do conhecimento, e que por isso, tem responsabilidades muito particulares, mesmo de intervenção. A Universidade tem que, por um lado, ser capaz de considerar, de ponderar aquilo que a rodeia, mas fazê-lo também na perspetiva da ação sobre o que a rodeia, enquanto se torna capaz de incorporar aquilo que sobre ela é projetado no exterior. Esta capacidade de se moldar em torno do seu papel transformador, é também aquilo que eu gostaria que a Universidade conseguisse fazer.

Fazer isto, obriga-nos a considerar a organização da Universidade, a considerar aquilo que queremos fazer enquanto instituição de educação, de investigação, promotora do desenvolvimento cultural, social, económico da região e do país onde estamos. O meu voto maior é que a Universidade seja capaz de se continuar a perspetivar como instituição que corresponde às aspirações que sobre ela são projetadas, mas também como instituição que é capaz de transformar o seu contexto. 

  • A UMinho faz, em 2024, 50 anos. Como será assinalada esta data e que marca se pretende deixar?

O programa das comemorações foi apresentado no 49.º aniversário da Universidade, é um programa ambicioso que se vai estender por 2023 e 2024, é um programa que está orientado por algumas ideias fundamentais. A primeira ideia quer-se que seja um momento de celebração de um percurso (a Universidade fez coisas muito relevantes, transformou-se, ajudou a transformar a região e o país) e isso deve ser festejado. Depois, as celebrações não são um momento de natureza nostálgica, nem estão centradas na celebração de um percurso até aqui, elas assumem claramente outro objetivo, o da projeção do futuro na Universidade. Há uma série de eventos que vamos realizar que tem precisamente essa orientação, ou seja, chegados aqui, como é que pensamos os próximos 10, os próximos 20 ou os próximos 50 anos da Universidade.

Depois, como qualquer comemoração, ela tem que ter uma natureza de festa da própria comunidade, vai haver momentos dessa natureza com os quais se vai procurar também consolidar o próprio espírito de solidariedade dentro da Universidade.

É um programa ambicioso, com objetivos bem definidos, que pretende sinalizar a Universidade como detentora de um património relevante, mas sobretudo, como detentora de uma visão para o futuro da instituição, da região e do país. 

  • Considera-se que a UMinho integra o painel das chamadas ?Universidades jovens?. Quais os principais aspetos que destaca neste projeto e que a diferenciam de universidades mais clássicas como a de Lisboa, do Porto ou de Coimbra?

A criação da UMinho em 1973, acontece no contexto de transformação muito profunda do ensino superior em Portugal. De alguma forma tinha sido iniciada um ano antes, com a criação do ISCTE, depois com a criação da UMinho, Aveiro, Nova de Lisboa e Évora. O aparecimento destas universidades reconfigura radicalmente o sistema de ensino superior em Portugal, que até então estava limitado a Lisboa, Coimbra e Porto.

Estas universidades, quando chegam, encontram um programa muito consolidado e têm que se afirmar, por isso, têm que ser capazes de construir um projeto diferente e inovador, era isso que nelas estava depositado. A verdade é que o conseguiram e hoje não há quem não reconheça a importância que estas universidades novas tiveram. Conseguiram inovar na educação, desenhando novas ofertas educativas, pensando formas diferentes de organização dos cursos, apostando na interdisciplinaridade, articulando-se de uma forma nova com o meio envolvente, olhando também de uma forma diferente a questão das carreiras dos professores, estimulando o recrutamento de pessoas de outras instituições e instituições estrangeiras ou colocando os seus professores a fazer formação no estrangeiro, consolidando relações internacionais, tudo isto alterou significativamente o panorama do ensino superior em Portugal.

O que nós somos hoje é devedor daquilo que são as nossas instituições mais antigas, mas é muito devedor daquilo que as novas instituições foram capazes de aportar e, estou em crer, contaminaram as outras universidades.

Diria que quem, nos anos 70, pensou este futuro para o ensino superior, e figura maior desse pensamento foi o Professor Doutor Veiga Simão, tinha, de facto, uma visão justa para o ensino superior em Portugal e para o país.

O que as instituições de ensino superior têm vindo a fazer, de facto, é dar corpo a essa visão, naturalmente, com projetos diferenciados, mas acho que o balanço a fazer é francamente positivo. 

  • A história recente da Universidade ficará, naturalmente, marcada pela crise sanitária provocada pela Covid19. Apesar de tudo de negativo que trouxe, podemos dizer que o período foi aproveitado pela Universidade como uma oportunidade? Em que aspeto/dimensão?

Num primeiro momento, a crise sanitária é percecionada, sobretudo, como uma ameaça para a Universidade. Veio pôr em causa modos tradicionais de funcionamento das organizações universitárias. Aquilo a que a crise sanitária nos obrigou foi, de alguma forma, a reinventarmo-nos, a procurar forças e saberes que não sabíamos que tínhamos, para se procurar garantir aquilo que era o essencial para a Universidade.

Aprendemos muito neste processo. Em relação à organização interna, desenvolvemos processos internos, percebemos que o teletrabalho é uma possibilidade real para certos setores de atividades em que as funções sejam compatíveis, aprendemos que muito do nosso trabalho académico podia ter outras formas mais expeditas de realização, aprendemos que a nossa ação educativa pode beneficiar muito para além daquilo que nos era percetível de novos instrumentos tecnológicos. Hoje olhamos para a educação no ensino superior de um modo diferente do que olhávamos antes. Não se pensa regressar aos tempos pré-pandemia, o que se pensa é em novas formas de previsão da educação, com recurso a ferramentas tecnológicas que podem traduzir-se em ganhos efetivos para as pessoas. Portanto, diria que sim, há aprendizagens feitas que nos levam a valorizar mais aquilo que tínhamos antes da crise pandémica, há novas forma de nos organizarmos, novas formas de fazer que fomos adotando. Portanto, é indesmentível que há um impacto real da crise pandémica. 

  • A situação de subfinanciamento da UMinho continua a subsistir? Que valor foi transferido para a UMinho pelo Governo no Orçamento do Estado de 2023. Houve mudanças com a alteração de ministro na pasta do Ensino Superior relativamente ao financiamento do ensino superior e, em particular, desta Universidade?

Há uma alteração que é verdadeiramente importante. As universidades estavam a ser financiadas de acordo com um histórico, quer isto dizer que em 2009, o financiamento disponível no OE para distribuir às universidades foi dividido de acordo com um determinado modelo (número de estudantes, massa salarial), isso significou que ?A? teve determinada percentagem de financiamento, ?B? teve tanto, e ?C? tanto… e, aquilo que se passou de lá até agora foi praticamente a manutenção dessa distribuição percentual. Isto implicou que as universidades que foram crescendo, em número de alunos, cursos, intensidade de trabalho científico, não viram reconhecido esse esforço. A UMinho cresceu muito significativamente em número de alunos e esse crescimento não teve tradução em crescimento de financiamento. Portanto, a Universidade, desse ponto de vista, quantos mais alunos admitia, dando resposta positiva à procura social, mais prejudicada foi ficando. Isto criou-nos, em determinado momento, uma situação muito difícil, de que foi sendo dada conta aos responsáveis políticos que permaneceram na aplicação desse modelo. Na verdade, quando a UMinho cresceu, foi penalizada por isso. Nós tivemos, ao longo de 2022, uma ação muito intensa de várias universidades, junto dos vários atores políticos, procurando sensibilizá-los para o desastre a que estavam a conduzir estas instituições, caso não fossem sensíveis à necessidade de responder àquilo que eram os requisitos de que as universidades tinham que dispor para cumprir a sua missão.

E, pela primeira vez, em 2022, os responsáveis do ministério e o Governo, reconheceram que esta era uma situação iníqua. Foi reconhecido no papel que a UMinho e outras universidades, que se aplicadas as regras que estão em vigor para financiamento da instituição, a UMinho deveria ter um aumento na ordem dos 17 milhões de euros. Não teve 17 milhões, mas, pela primeira vez, a UMinho foi diferenciada positivamente, foi-lhe atribuído um financiamento adicional corretivo de cerca de 2,5 milhões de euros. É um valor claramente insuficiente relativamente ao que devia caber à Universidade, mas é um sinal importantíssimo, pois assenta no reconhecimento que de facto a Universidade não está a ser adequadamente financiada. Há aquele valor que a este propósito costumamos sempre mobilizar: o estudante da UMinho é financiado em 1/3 do que são financiadas algumas instituições em Portugal. Isto é absolutamente inaceitável, traduz-se em prejuízos enormíssimos para a Universidade. Nós, com a atualização daquilo que decorre do contrato-programa para as universidades portuguesas, e depois com esta diferenciação da UMinho e das outras universidades mais subfinanciadas, passamos de 68 milhões para 73 milhões de OE, mas devíamos estar na ordem dos 85 milhões. A Sra. ministra tem anunciado a intenção de rever a fórmula de financiamento, de forma a que ela tenha impacto já no próximo ano, ou seja, no orçamento de 2024. Se tal não se verificar, ela manterá a sua opção de diferenciar positivamente as instituições que estão a ser mais fortemente penalizadas. Portanto, estou relativamente otimista, não em relação à correção repentinamente, não me parece que haja condições para isso se verificar, mas para uma correção num tempo razoável, que permita que a Universidade deixe de ser tão gravemente penalizada como tem sido. 

  • Muito se falou e continua a falar do PRR. Sobre as candidaturas da UMinho ao PRR, o que foi aprovado, que financiamento já recebeu a UMinho, que mudanças estamos a ver e vamos ver no futuro como reflexo das candidaturas aprovadas e outras que ainda vão ser feitas?

A UMinho, naquilo que lhe é possível, tem concorrido a todos os programas. Concorremos ao programa impulsos, a candidatura da UMinho foi das melhores classificadas, foi-nos atribuído um financiamento de cerca de 13,5 milhões, que nos está já a permitir proporcionar formação para adultos e para jovens, mas também suportar intervenções na nossa estrutura pedagógica, tecnológica e física. É um financiamento limitado, mas que nos vai permitir algum tipo de intervenções e requalificação das condições de trabalho e criação de condições para que as pessoas possam ser confrontadas com estas possibilidades de novas formações. Estamos a falar de um programa de 112 cursos, elaborado em articulação direta com empregadores, estamos muito esperançados naquilo que vão ser bons resultados.

Fizemos também candidaturas às residências, foi-nos já transferido um adiantamento dos 5 milhões que nos foi atribuído, portanto, também aí, um bom resultado para a Universidade. Apoiamos também a candidatura da Câmara Municipal de Braga que vai ser também financiada. Vamos ter, portanto, duas novas residências, e desse ponto de vista tivemos também boa capacidade de resposta daquilo que resultou da abertura de candidaturas. Terceiro eixo fundamental, eficiência energética dos edifícios. Apresentamos, há cerca de um ano, uma candidatura a um programa que abriu. Estamos ainda à espera dos resultados, o que é absolutamente incompreensível, quando se considera que este tipo de intervenções é prioritário. Essa candidatura, a ser aprovada como estamos convictos, permitir-nos-á intervenções em vários edifícios, nomeadamente nas cantinas.

Por outro lado, vários dos nossos investigadores, grupos, centros, estão fortemente envolvidos nas agendas mobilizadoras para transformação da economia, é um eixo fundamental do PRR. Estamos envolvidos em 18 agendas mobilizadoras, isso envolverá um financiamento para a Universidade acima dos 30 milhões. São projetos cuja execução se vai iniciar já.

Diria que, naquilo que são as possibilidades que nos estão abertas, estamos a fazer boas candidaturas, que estão a ser aprovadas, portanto, estamos a aproveitar estas possibilidades. Para nós, a lentidão dos processos e, por vezes, a indefinição é, às vezes, incompreensível. 

  • Existe, como todos sabemos, uma necessidade gritante de alojamento específico para estudantes. A UMinho tem, atualmente, uma oferta total de cerca de 1400 camas para cerca de 6000 alunos bolseiros. Quando estarão operacionais as novas residências em Braga e Guimarães? Estas vão resolver os problemas do alojamento? Estão a ser estudadas outras soluções neste âmbito?

Dos cerca de 6000 estudantes bolseiros que temos, a esmagadora maioria são estudantes deslocados. Temos cerca de 1400 camas. Estas duas novas residências representam um acréscimo na ordem das 900 camas, o que é bom, mas insuficiente, é necessário encontrar novos mecanismos. Na minha opinião, as decisões que foram tomadas relativamente a uma distribuição pelas residências universitárias por muitíssimos Concelhos, não é, do meu ponto de vista, a melhor das opções, deveriam ser nos centros onde há realmente estudantes em número significativo e carências reais. Não foi essa a opção que foi tomada. Esperamos que esta situação mais crítica para várias instituições e vários polos universitários continue a ser tida em conta pelo Governo. Isto vem minimizar o problema, mas não vai resolver o problema.

Há que reconhecer que, neste momento, há várias iniciativas de natureza privada que estão a decorrer, quer aqui em Braga, quer em Guimarães. O que não pode acontecer é o Estado prescindir da criação de condições para que todos os estudantes que assim o desejam, possam ter acesso a alojamento no ensino superior. 

  • Naturalmente, também os SASUM sofrem com o subfinanciamento. As queixas têm ocorrido, da parte dos estudantes e não só, em relação à degradação de serviços e instalações. O que nos pode dizer e que soluções estão a ser equacionadas?

Primeiro ponto, existe, de facto, um problema de subfinanciamento da ação social da UMinho. É mais um caso incompreensível. Não se percebe porque é que o financiamento per capita do estudante da UMinho, via ação social, há de ser menor do que o de outras instituições. Isto penaliza-nos uma vez mais, obriga-nos a assentar muito mais do que gostaríamos sobre receitas próprias, obriga-nos a desenvolver a nossa atividade no quadro de grandes constrangimentos, de não poder responder de forma tão imediata como gostaríamos que acontecesse relativamente às necessidades dos nossos estudantes. Estamos a procurar evitar aumentos, ao nível de transportes e alimentação, estamos a procurar encontrar respostas às deficiências que temos nas nossas residências que estão em funcionamento, há uma indicação clara aos Serviços para ser feito um levantamento dos problemas existentes nas várias residências e para a elaboração de um plano que, gradualmente, nos permita melhorar as condições de habitação dos nossos estudantes.

  • A UMinho continua a crescer em várias dimensões. Número de alunos, docentes, trabalhadores técnicos administrativos e de gestão, a nível da investigação e da internacionalização. Temos margem e queremos continuar a crescer em todas estas dimensões? Em que condições?

A Universidade adotou, ao longo da última década, uma estratégia de crescimento. Quando anunciamos esse objetivo institucional, fizemo-lo sempre na presunção de que esse crescimento beneficiaria das adequadas contrapartidas da parte do Estado, mas não é isso que tem acontecido. Pode a Universidade alhear-se daquilo que é a procura social? A meu ver, não. Não pode frustrar as expectativas legítimas das pessoas que querem procurar a Universidade. Mas é evidente que, ou esta situação de subfinanciamento é invertida, ou a Universidade se verá obrigada a repensar a sua própria estratégia.

Esta será uma matéria muito interessante para ser discutida no Plano Estratégico da instituição. 

  • No passado dia 20 de janeiro, foi discutida, em reunião do Conselho Geral, a Proposta de revisão dos Estatutos da Universidade do Minho. Em que ponto estamos do processo e quais as principais alterações que se pretende implementar? Quando será aprovado o documento?

O documento que foi entregue ao Conselho, é um documento em cuja elaboração a comunidade participou de forma muito ativa. Esta proposta assenta num determinado conjunto de vetores, entre os quais o vetor principal é o reforço da autonomia das Unidades Orgânicas. Isso estrutura muitas das alterações que estão a ser feitas. Prevê-se alguma simplificação dos órgãos da Universidade, prevê-se a criação de novas unidades, aquilo a que chamamos unidades interdisciplinares, de forma a permitir acolher projetos que não são enquadráveis apenas numa determinada unidade orgânica. Assumimos um princípio que nos parece importante de dupla afiliação interna, procuramos resolver a questão da pertença, quem é que é ou não membro da Universidade. Há de facto aqui um conjunto de alterações que são importantes, há uma simplificação do próprio documento. A ideia é termos uma instituição, mas ágil, mais policêntrica, e por essa via, mais capaz de responder às alterações no nosso contexto. 

  • Como caracteriza a relação com os municípios que acolhem a UMinho? Que projetos/planos mais relevantes existem atualmente, que visam acrescentar valor às várias partes?

É uma relação francamente boa. Temos, no caso de Braga, projetos partilhados em curso, temos agora a expectativa de, em todo o campus de Gualtar e a zona envolvente, podermos assumir soluções de mobilidade partilhadas com o próprio município e vamos trabalhar nesse sentido.

No caso de Guimarães, temos também uma relação muito especial, e que vai ser proximamente reforçada por aquilo que é já uma decisão tomada pelo município, relativamente à cedência de novos espaços, nomeadamente a Fábrica do Arquinho, espaço onde esperamos vir a alojar alguns projetos fundamentais para a Universidade, como são aqueles que se prendem com a Engenharia Aeroespacial, mas também a atividade de uma importante participada da UMinho, a Fibrenamics.

A propósito da comemoração dos 50 anos, vamos ter também um envolvimento muito forte destes dois municípios, que têm sido parceiros da Universidade, têm beneficiado muito da presença da Universidade, e querem também com esta associação às comemorações, marcar esta natureza própria de Guimarães e Braga como cidades universitárias. 

  • A Universidade, as suas Escolas, continuam a reclamar a falta de recursos humanos, muitos deles na academia quase desde a sua criação e, por isso, muito próximos da aposentação. O que está a ser feito, de forma a resolver e prevenir o problema futuramente, assegurando, inclusivamente, a transferência de conhecimento?

Esta questão do envelhecimento dos corpos da Universidade é conhecida, aliás, a administração pública portuguesa carece de uma resposta efetiva a este problema que é transversal a muitas organizações e instituições. No caso da UMinho, isto tem contornos muito particulares porque a contratação inicial dos professores da instituição aparece centrada num tempo bastante curto. Portanto, temos um número muito significativo de pessoas que foi conjuntamente envelhecendo ao longo do tempo e que agora se aproximam do momento da reforma, e isto pode colocar em causa uma questão essencial para a Universidade, que é assegurar uma transferência intergeracional do saber que foi sendo acumulado. Não é, no entanto, uma situação fácil de resolver no atual quadro. O que estamos a fazer é ir, na medida do possível, integrando pessoas novas para fazer face a necessidades decorrentes de novos projetos de ensino que temos, mas, não podemos deixar de o fazer de uma forma cautelosa, assegurando, por outro lado, que os docentes de raiz ou no quadro da progressiva substituição de pessoas, correspondem a necessidades efetivas que temos. É um problema que está identificado, é muito sério pelas implicações que pode ter na vida da Universidade, mas que não pode ser tratado de ânimo leve pelas questões da sustentabilidade financeira da Universidade, com as quais tenho de estar estatutariamente comprometido. 

  • Os SASUM fecharam 2022 com uma nova administradora e com o Plano de Atividades e Orçamento 2023 aprovado. Após um período muito complicado, já podemos falar em recuperação da sustentabilidade financeira?

Atravessamos anos muito difíceis, os anos da pandemia afetaram muito severamente a atividade dos SASUM e, na verdade, estávamos todos muito esperançados que o ano de 2022 e agora o ano 2023, fossem anos mais tranquilos e permitissem uma efetiva recuperação dos Serviços. Recordo que em áreas centrais como a alimentação, por exemplo, tivemos largos períodos em que a Universidade esteve encerrada, e de alguma forma, os públicos que os SASUM servem não estavam nos campi. Com a diminuição do impacto da pandemia, evidentemente, estávamos todos convictos que os Serviços iriam recuperar a sua atividade regular. Assim foi acontecendo, mas isto não significou que tivéssemos entrado num período propriamente de grande tranquilidade, porque estamos a ser apanhados por aquilo que é resultado de um processo inflacionário muito significativo e que tem impacto em bens que os SASUM utilizam para a sua atividade, e que vem colocando sobre nós especial pressão. Falo dos bens alimentares, mas podia falar da energia e do gás, que tiveram aumentos fortíssimos nos seus custos, e que, naturalmente, por isso, vão afetando também o funcionamento dos Serviços. Mas, dito isto, diria que teremos, em 2023, um ano de equilíbrio das nossas contas e até de alguma recuperação. Sendo certo que se nos vão impondo outras necessidades, designadamente aquelas que decorrem das obras de intervenção que temos de fazer em algumas das nossas residências.

Diria que estamos num quadro que é mais favorável que os dois anos anteriores, mas não deixa de ser um quadro onde existem algumas nuvens, e por isso, conseguimos antecipar algumas dificuldades.

Quero acreditar que aquilo que tem sido habitual nos Serviços, a disponibilidade das pessoas, o compromisso com a nossa atividade, nos vais ajudar a enfrentar melhor situações que são difíceis, mas que não nos impedem de continuar a perseguir aquilo é a razão fundamental de ser dos Serviços, que é de facto, prestar apoio em áreas essenciais aos nossos estudantes (alimentação, alojamento, desporto) e também à comunidade académica. Neste momento, está aprovado o Plano de Atividades e Orçamento para 2023, temos uma nova Administradora que saberá imprimir um rumo, certamente diferente aos SASUM, fruto da sua visão própria, mas garantindo que continuem a ser aquilo que é a sua razão fundamental ser, apoio à comunidade universitária e particularmente aos estudantes. 

  • Muito se fala na promoção do bem-estar e saúde mental dos trabalhadores nas instituições. O que tem sido feito na UMinho nessa direção, como tem sido avaliado junto da comunidade académica e qual a importância do tema para o Reitor da UMinho?

Esta é hoje uma preocupação essencial da direção da Universidade e é uma preocupação partilhada pelos responsáveis das instituições de ensino superior e de outras instituições e organizações do nosso país. Na verdade, a pandemia veio-nos pôr de sobreaviso e chamar a atenção para a importância da criação de condições que sejam fatores de bem-estar e de preservação da saúde mental das pessoas. Deste ponto de vista, os anos da pandemia foram, de facto, muito duros, por aquilo que representaram de alteração radical das formas de interação a que estávamos habituados, isso tornou-nos, de certa forma, mais sós, os laços relacionais foram afetados, o modo de viver alterou-se substancialmente, e modificações deste tipo têm naturalmente muito impacto sobre o bem-estar e sobre a saúde de todos nós.

Vivemos agora tempos difíceis por efeito da crise económica, a situação de guerra na Europa paira sobre todos nós e isto torna ainda mais premente uma atenção e cuidado especial às questões do bem-estar e da saúde mental.

Diria que, neste particular, aquilo que vem sendo feito, é a assunção de que estas são áreas de atuação relevantes para as comunidades e para a nossa comunidade universitária. É algo sobre o qual vale a pena pensarmos e refletirmos, algo sobre o qual vale a pena intervirmos. Tem havido várias iniciativas dentro da Universidade que têm vindo a funcionar como uma espécie de alertas para esta realidade. O objetivo é aumentar o nosso grau de consciência relativamente as estas matérias, depois, temos de estar preparados para desenvolver iniciativas concretas que de facto transformem o modo em que vivemos e trabalhamos dentro da instituição, de forma a torná-lo mais amigável. Aqui, há iniciativas que a Universidade pode tomar, mas esta é, claramente, uma daquelas áreas para a qual todos nos devemos sentir convocados. Passa por cada um nós, passa pela nossa ação, passa pela seleção de formas adequadas desta relação com os outros, a criação de um ambiente que nos torne desejosos de estar na Universidade e que não torne a presença na Universidade um fator adicional de pressão sobre as pessoas. Esta é uma responsabilidade de todos nós, todos nos devemos sentir obrigados a criar um bom ambiente de trabalho que permita que cada um de nós exprima aquilo que tem de melhor na sua atividade. Mas este é um percurso que estamos a fazer, diria que estamos ainda em sede de tomada de consciência da relevância destas matérias, mas há passos mais sólidos que têm de ser dados no sentido de se passar para a ação. Esta passa pela identificação de situações de risco, por iniciativas capazes de obviar essas situações de risco e também por iniciativas corretoras de situações mais críticas que possam ser identificadas. 

  • O arranque da construção da nova sede da Associação Académica (AAUMinho) será uma realidade em 2023? O que nos pode dizer neste âmbito?

Essa é a minha expectativa. Nós afirmamos um acordo com Associação Académica para a cedência de espaço, também apoiamos, em alguma medida, a elaboração do projeto que ficará no campus de Gualtar, e das últimas interações que tenho tido com a Associação, esse projeto, depois de alguns acertos, está muito próximo de estar pronto. A partir daí, o que se tratará é da formalização da cedência do espaço e depois o início da obra propriamente dita.

É uma obra que vai ser exigente no plano financeiro, vamos ter de encontrar formas de financiamento do edifício, felizmente, a Associação Académica foi capaz de ao longo do tempo ir acumulando verbas que permitem dar passos importantes no projeto. A Universidade, dentro daquilo que forem as suas possibilidades, cuidará de apoiar uma iniciativa que achamos que é absolutamente fundamental para melhorar as condições de atividade dos nossos estudantes, dos grupos culturais, das estruturas associativas. Como é sabido, o edifício da Rua D. Pedro V já não cumpre, adequadamente, este tipo de funções. 

  • A Universidade, através dos SASUM e em cooperação com a AAUMinho organizará, entre 16 e 23 de julho, o Campeonato Europeu Universitário de Voleibol 2023. Quais as perspetivas para este evento?

A UMinho, através dos SASUM e a AAUMinho têm uma já larga tradição de organização de eventos desportivos, seja à escala europeia, seja à escala mundial. Este é mais um evento cuja organização nos foi atribuída, temos uma experiência grande acumulada, que nos permite antecipar que este, como tem acontecido noutros casos, será um sucesso organizativo. É mais um evento que nos vai colocar especiais exigências pelas centenas de pessoas que vai envolver, não só atletas, como dirigentes, acompanhantes, técnicos, etc. Mas estamos a fazer a preparação que é necessário fazer em ocasiões como esta, os SASUM, e em especial o departamento de Desporto e Cultura, está fortemente comprometido com a preparação desta organização. Estamos certos que vai correr dentro daquilo que são as nossas melhores expectativas. 

  • Dos vários projetos, dos vários processos, dos vários temas que tem em mãos: qual é aquele que, manifestamente, quer concluir antes de terminar o seu mandato?

No desenho de ação que fiz para este quadriénio de 21-25, desenhei aquilo que me parece ser um programa exequível. Naturalmente, alguns dos projetos que estão ali equacionados, dar-me-ia especial gosto que fossem concluídos neste período. Refiro-me, em particular, às residências universitárias, porque elas responderiam a uma aspiração muito profunda e muito justa da Universidade e dos seus estudantes. Seria um projeto que me daria especial prazer.

Num outro plano, gostaria muito que no momento em que cessasse funções como reitor, tivéssemos já redirecionada a nossa oferta educativa, adequando-a às novas circunstâncias, gostaria também que a Universidade consolidasse ainda mais o seu papel de Universidade de investigação, gostaria ainda que a nossa instituição, no plano do seu funcionamento interno e da sua organização, fosse uma Universidade mais ajustada aquilo que são as necessidades próprias do nosso tempo. São algumas das iniciativas que gostaria de ver concluídas ao longo deste mandato. Sei, por outro lado, e é uma certeza que tenho, que a Universidade se manterá como um ator fundamental de desenvolvimento da região norte e do nosso país.

Finalmente, algo que me deixaria muito tranquilo e com o sentido de dever cumprido, seria ter contribuído, de forma significativa, para a melhoria da situação financeira da instituição, criando condições mais fortes para a sua sustentabilidade financeira, o que supõe, sobretudo, a revisão daquilo que tem sido o modelo de financiamento das universidades portuguesas e da UMinho, em particular.

São ambições significativas, que do meu ponto de vista são exequíveis, e se assim for, obviamente, ficarei satisfeito. 

  • Como habitualmente e para finalizar, que mensagem gostaria de deixar à Academia?

É uma mensagem que não pode ignorar os tempos de dificuldade que atravessamos, mas considerando esta natureza desafiante das nossas circunstâncias, a palavra que eu gostaria sobretudo de deixar, é uma palavra de esperança e uma palavra de otimismo no futuro da instituição.

A UMinho foi uma Universidade que cresceu continuamente em condições que lhe foram bastante adversas, mas foi capaz de contornar, de ultrapassar todas essas dificuldades, todos os obstáculos que lhe surgiram para se afirmar como uma Universidade de referência. É esta história que nos responsabiliza, que, do meu ponto de vista, deve suportar um olhar esperançoso e ambicioso para o futuro da instituição. Futuro que só se conseguirá construir se houver, da parte de toda a comunidade, um efetivo envolvimento. Um efetivo envolvimento com aquilo que são os grandes objetivos da instituição, tais como prover uma educação de nível superior para as pessoas, alargar as fronteiras do conhecimento humano, contribuir para o desenvolvimento social, cultural e económico da região e das pessoas e, dessa maneira, contribuir para um futuro mais promissor para todos nós e para o nosso país.

Queria ainda deixar uma palavra de agradecimento à resiliência evidenciada por todos, no modo como vamos enfrentando um tempo que é marcado por profundas dificuldades.

Mas o meu olhar é ainda e sempre, um olhar de otimismo relativamente ao futuro, que se baseia naquilo que é a nossa realidade atual, naquilo que é a nossa história, que não esconde dificuldades, mas que se baseia numa convicção forte acerca da relevância do projeto da UMinho para todos.

Texto: Ana Marques 

Foto: Nuno Gonçalves 

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Cirurgia Minimamente Invasiva na Universidade do Minho

Cirurgia Minimamente Invasiva na Universidade do Minho

Artigo de opinião ? Emanuel Carvalho Dias, Professor Auxiliar da Escola de Medicina, Universidade do Minho.
 
A Cirurgia tem uma história com mais de 200 anos que assenta no objetivo último de curar através da invasão do corpo. Embora, para a maior parte de nós esta constatação possa ser tão óbvia como natural, a história por detrás da evolução da Cirurgia é tudo menos óbvia e natural, e assenta em eventos de grande brutalidade, risco a que se associou muitas vezes enorme morbilidade e mortalidade. No entanto, após estes mais de 200 anos de existência, a Cirurgia sofreu mudanças radicais nos seus meios, a sua agressividade foi substancialmente reduzida e os resultados finais foram progressivamente melhorados ao ponto de se tornar indispensável na cura de várias patologias que afetam a humanidade.
 

A história evolutiva da Cirurgia tem um dos seus maiores marcos no século XX com o desenvolvimento e difusão mundial da Laparoscopia. Grandes incisões foram substituídas por incisões de 1 cm ou menos, onde pequenos instrumentos são introduzidos permitindo realizar os mais complexos procedimentos, dando assim origem à Era da Cirurgia Minimamente Invasiva. A aceitação da Mini-Invasão pelos Cirurgiões e pelos doentes foi de tal ordem que em poucos anos o padrão do tratamento cirúrgico da maior parte das patologias cirúrgicas passou a ser a via laparoscópica. Para além das vantagens imediatas para os doentes a cirurgia minimamente invasiva levou a uma padronização da cirurgia sem paralelo permitindo uma aprendizagem cirúrgica mais fácil.

No entanto, por mais padronizados que os procedimentos cirúrgicos sejam, nenhum ato terapêutico é tão vulnerável a imprevistos de eficácia e segurança como o são as intervenções cirúrgicas. É necessário por isso uma passagem permanente de conhecimento transgeracional onde cirurgiões experientes transferem o seu conhecimento para estudantes/cirurgiões em formação seja no Ensino Médico pré como pós-graduado. Ao longo dos últimos 20 anos a Escola de Medicina da Universidade do Minho (EM-UM) fez crescer o seu Laboratório de Ensino Cirúrgico Minimamente Invasivo tornando-se a principal referência nacional no Ensino Laboratorial da Cirurgia Minimamente Invasiva. O impacto da EM-UM no contexto do Ensino da Cirurgia Portuguesa é evidente, mas sobretudo este Anseio da EM-UM estar à frente no Ensino da Cirurgia, permitiu um desenvolvimento sem paralelo no tratamento Cirúrgico nos diferentes Hospitais do Minho. Esta interação entre formação na EM-UM e translação imediata para os Hospitais do Minho é a grande fonte inspiradora e motivacional que alimenta uma parte da Academia Médica Minhota.

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A 15.ª edição da RoboParty juntou mais de 400 participantes

XXVI TROVAS recordou o espírito dos anos 90

O evento pedagógico decorreu entre os dias 30 de março e 1 de abril, no pavilhão desportivo da Universidade do Minho, em Guimarães, onde cerca de 400 jovens aprenderam a construir e programar robôs móveis e autónomos.
 
Organizada pelo Laboratório de Automação e Robótica do Departamento de Eletrónica Industrial da Escola de Engenharia e pela botnroll.com, a iniciativa ensina a construir robôs móveis autónomos de uma forma simples e muito animada, em equipas de quatro pessoas, e num ambiente de entreajuda e fair play.
 

Foram 100 equipas que vieram de vários pontos de norte a sul do país e ilhas, com jovens e menos jovens com idades compreendidas entre os 11 e os 64 anos, para três dias e duas noites, non-stop (os participantes dormiram em sacos-cama), sempre acompanhados e apoiados por cerca de 80 alunos de Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores. Além de construir os robôs, usufruíram de muitas atividades lúdicas e desportivas, tais como apresentação de gadgets, DJ, atuação da Tun?Obebes (Tuna Feminina de Engenharia da Universidade do Minho) e da Tuna Afonsina (Tuna de Engenharia da Universidade do Minho), aula de TRX, torneio de Ténis de Mesa, aula de Pilates, basquetebol 3*3, jogos tradicionais, entre outras atividades.

Tendo como grande objetivo construir e programar um robô com as suas próprias mãos, utilizado no final para participar em alguns desafios que permitiram testar a sua performance. Os quatro desafios foram: Obstáculos, Race of Champions, Fun Challenge e Dança. No final do evento, os participantes levam os robôs consigo para casa ou para a escola para continuarem a aprender.

Para o professor de Engenharia Eletrónica Industrial da Universidade do Minho e responsável pela organização da RoboParty, Fernando Ribeiro, apesar de não terem financiamento externo ou lucros com o evento, vão continuar enquanto tiverem ?casa cheia?. Esta é já a 15.ª edição do evento em Guimarães, considerado pela RoboCup Federation o maior evento de robótica educacional do mundo. 

Texto: Redação 

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Serviços desportivos perspetivam um ano de 2023 desafiante e intenso!

Serviços desportivos perspetivam um ano de 2023 desafiante e intenso!

Oferecendo uma enorme diversidade de serviços desportivos, o Departamento de Desporto e Cultura dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (DDC-SASUM), tem como grande objetivo a promoção da prática desportiva para todos, contribuindo para aumentar os níveis de bem-estar e de qualidade de vida de toda a comunidade académica.

 

A UMinho Sports disponibiliza uma oferta alargada de serviços desportivos para a comunidade académica e externos, sendo possível treinar a partir de 2? por sessão ou 15? por mês.

São disponibilizadas atividades de fitness e musculação, avaliações físicas, atividades aquáticas, desportos de combate, modalidades desportivas de recreação e lazer nos Complexos Desportivos de Gualtar e Azurém e no centro de Condição Física de Santa Tecla, num total de 66 aulas de fitness por semana, 9 aulas de natação por semana, 11 modalidades desportivas de recreação, 14 modalidades protocoladas e ainda alugueres de espaços. 

Com um balanço bastante positivo de 2022, os responsáveis olham para 2023 como ?desafiante?, devido à conjuntura atual negativa, a qual tentam contrastar com a dinâmica que está a ser imprimida aos serviços prestados, no sentido de ir ao encontro dos interesses e necessidades da comunidade académica, mas também porque será um ano marcado por vários acontecimentos desportivos, pontos altos do desporto universitário, em particular do Desporto na UMinho. 

O ano 2022 ficou ainda marcado, no seu primeiro trimestre, pelas limitações associadas à COVID-19, causando constrangimentos no acesso pleno aos serviços desportivos por parte dos utentes. Após esta fase, as instalações desportivas da UMinho foram dotadas de condições técnicas e de segurança para a prática de atividade física e desporto, disponibilizando uma oferta diversificada de serviços desportivos que fosse de encontro aos interesses da comunidade académica. ?Gradualmente fomos recuperando a confiança dos nossos utentes verificando-se uma crescente procura e consequente retoma, o ano 2022 terminou com indicadores muito próximos dos de 2019. Terminamos o ano com -13% de inscrições e – 4% de utilizações face ao período homologo de 2019, pelo que podemos afirmar que o balanço é naturalmente positivo?, referiu o Diretor do DDC, João Ribeiro. 

Para 2023, o responsável aponta no sentido de ?um ano igualmente desafiante?, atendendo à atual conjuntura e inflação económica. Neste especial contexto, os serviços desportivos da UMinho irão ?disponibilizar serviços a baixo custo mantendo os padrões de qualidade, assim como permitir o pagamento dos cartões anuais e semestrais da UMinho Sports em prestações?. A aposta em termos de serviços disponibilizados ?será muito direcionada para a promoção do bem-estar geral dos nossos utentes, assim como aumentar a taxa da população académica fisicamente ativa, nomeadamente, atividades de fitness, atividades aquáticas, modalidades desportivas de recreação e atividades outdoor?, afirmou. 

Mas o Desporto na UMinho é muito mais que as atividades da UMinho Sports, tendo vários ?pontos altos? ao longo do ano. Desde logo o projeto desportivo de competição universitária, com várias provas ao longo do ano por todo o território nacional, culminando com a participação nas Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários, que este ano decorrerão de 17 a 28 de abril, em Viana do Castelo. Dependendo dos resultados obtidos a nível nacional, e caso as equipas/estudantes-atletas se sagrem campeões nacionais universitários na época a que diz respeito, nos meses de junho e julho, poderão participar nas competições europeias. No próximo mês de julho, de 16 a 23, a UMinho será palco da organização do Campeonato Europeu Universitário de Voleibol, prevendo-se mais de 500 participantes. Já durante este mês de março, realizou-se a entrega dos Prémios de Mérito Desportivo, um reconhecimento público aos estudantes-atletas que obtiveram resultados desportivos de excelência na época transata, a par do sucesso académico, mostrando a importância da aposta da UMinho no apoio ao desenvolvimento das carreiras duais. Em setembro, decorrerá a Gala do Desporto da UMinho, momento que presta homenagem aos estudantes/atletas e técnicos desta Universidade que, a título individual ou coletivo, alcançaram lugares de ?PODIUM? nas Competições Desportivas Universitárias da presente época 2022/2023. 

Sendo que a missão dos Serviços Desportivos dos SASUM passa pela promoção da prática desportiva para todos, por via de uma oferta diversificada de modalidades, seja para competição, seja para recreação, seja para a concretização de objetivos pessoais relacionados com o bem-estar e a adoção de hábitos de vida saudável, João Ribeiro refere que, neste sentido, ?o futuro passará sempre por ir de encontro aos interesses e necessidades da nossa comunidade académica, pelo que teremos de estar capacitados de mais e melhores instalações desportivas, assim como um quadro técnico de excelência, dotado de competências que vá de encontro aos objetivos pessoais e coletivos dos nossos utentes?. 

O responsável termina instigando a que ?este é o momento certo para regressar, retomar e iniciar uma prática de atividade física regular na UMinho?. Apontando ?a panóplia de serviços desportivos acessíveis a toda a comunidade académica, as condições técnicas e logísticas seguras e os técnicos credenciados para dar todo o apoio e acompanhamento necessário aos nossos utentes?, como boas razões para que a comunidade pratique desporto na UMinho e se junte à família ?UMinho Sports?. 

As instalações desportivas funcionam de 2ª a 6ª feira das 08h00 às 23h00 e aos sábados das 09h00 às 13h00. 

A inscrição nas atividades pode ser realizada através da app mobile ou no portal UMinho Sports.

A informação está disponível em:

 www.sas.uminho.pt/desporto.

Texto: Ana Marques 

Foto: Nuno Gonçalves 

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Percursos?Marco Monteiro

PERCURSOS?

Marco Monteiro é natural e vive em Braga há 46 anos.
Casado e pai de dois filhos, desempenha funções nos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) há 17 anos.
Atualmente, faz parte do DAA, uma equipa com cerca de 23 trabalhadores.
 
Nesta entrevista, o trabalhador, adstrito ao Departamento de Apoio ao Administrador (DAA), mais especificamente, à Divisão de Fiscalização, Manutenção e Segurança, que se caracteriza como otimista, fala-nos do seu percurso de vida e experiência profissional, conta como é vivido o dia a dia, afirmando que a sua maior motivação é gostar do que faz.
 
Como chegou aos SASUM e qual o seu percurso profissional?

A minha vinda para os SASUM aconteceu um pouco por acaso. Fazia manutenção nos SASUM, na área da eletricidade, por conta de uma empresa externa. Em 2006, quando surgiu a oportunidade de vir trabalhar para os SASUM para a função de eletricista, vi uma oportunidade de me integrar no serviço público e melhorar as minhas competências. 

Há quantos anos está nos Serviços e quais são, atualmente, as suas funções?

Estou nos SASUM há 17 anos. Sou Assistente Operacional com funções específicas de eletricista. O meu trabalho é na base da eletricidade, no entanto, faço um pouco de tudo a nível da manutenção. No dia a dia, o meu coordenador retira da plataforma os pedidos para execução dos trabalhos a realizar naquele dia, a equipa segue o cronograma de forma a responder o mais rápido possível aos pedidos.

Gosta do que faz?

Gosto. 

O que mais o motiva e quais as maiores dificuldades, no dia a dia, no desenvolvimento do seu trabalho?                                                                                                                              

Gosto do que faço e essa é a minha grande motivação. O dia a dia é feito de desafios, uns trabalhos mais simples, outros mais complicados, e depois temos as situações/trabalhos em que não havendo constrangimentos de recursos materiais, torna-se mais fácil cumprir a nossa função. Tentamos sempre resolver os problemas, as situações da melhor forma possível para que as infraestruturas dos SASUM estejam sempre o mais operacionais possível e sem problemas. 

Como caracteriza o trabalho que é feito na Divisão de Fiscalização, Manutenção e Segurança, em particular na sua área?

A nossa Divisão é uma área transversal a todos os SASUM, os quais desenvolvem a sua atividade gerindo um parque de 16 edifícios de diferentes tipologias, entre eles unidades de serviço alimentares (24), desportivas (3), residências (10), armazéns (2) e a Sede dos SASUM. Nestes edifícios estão instalados vastos conjuntos diferenciados de equipamentos de suporte ao seu funcionamento, o que se reflete no amplo número operações de manutenção/intervenções em causa.

Falando especificamente da minha área, considero-o um trabalho gratificante e essencial para os Serviços, empenho-me sempre para que os pedidos sejam resolvidos o melhor possível e no menor tempo possível. 

Quais são as melhores e as piores memórias que tem do seu trajeto nos SASUM?

Guardo muito boas memórias do convívio que era feito na festa de Natal dos SASUM, era um momento muito bonito, era a única altura em que a família SASUM se juntava toda, Braga e Guimarães, era um momento de união, uma oportunidade de vermos e revermos pessoas que, por trabalharmos em locais diferentes, não temos grande contacto no dia a dia. Era um dia feliz de convívio e fiquei triste quando o momento deixou de acontecer. 

Como foi passar pela pandemia, a nível pessoal e profissional?

Foi uma altura complicada, inicialmente com medo de tudo e de todos, foi bastante confuso. Foi um período que me marcou por alguma solidão, tanto em termos de família como no trabalho. No serviço começamos a trabalhar por turnos para não nos cruzarmos, foi um período bastante triste em que passamos muito tempos sós. 

Como olha para o futuro?

Vejo o futuro com alguma incerteza, até pela conjuntura atual, mas espero que as coisas mudem para melhor, sou otimista por natureza. 

Curiosidades

O que o marcou?

O falecimento do meu pai tão repentino.

O que ainda não fez?

Uma viagem de avião.

Ainda tem um grande sonho?

Era pilotar um fórmula 1.

Livro?

Não sou de ler muito, na praia por vezes leio uma banda desenhada.

Filme?

Rambo 4 Sylvester Stallone.

Uma música e/ou um músico?

U2 Beautiful Day.

O que gosta de fazer nos tempos livres? Sou operador pirotécnico, dou luz e cor aos céus.

Vício?

Conduzir.

Um lugar?

Praia.

A Universidade do Minho?

Onde passo o maior tempo de vida.

Fonte: SASUM

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UMinho pronta para receber centenas de estudantes do secundário

UMinho pronta para receber centenas de estudantes do secundário

A Universidade do Minho (UMinho) vai ter de novo as suas portas abertas nos dias 30 e 31 de março e 1 de abril. O campus de Azurém, em Guimarães, será o palco para a UPA ? UMinho de Portas Abertas, iniciativa que congrega uma mostra da oferta formativa (Mostra UPA) de todas as Escolas e Institutos da UMinho e dezenas de atividades para estudantes do ensino secundário.

 

A visita inaugural da UPA acontece no dia 30 de março, às 14h00, e irá integrar uma comitiva composta pelo reitor da UMinho, elementos da equipa reitoral, presidentes das Escolas e Institutos da UMinho e ainda representantes dos municípios de Braga e Guimarães, parceiros da iniciativa desde a sua primeira edição. 

Sendo a UPA uma mostra que pretende dar a conhecer o que de melhor se produz na UMinho ao nível do ensino, investigação, cultura e desporto, esta edição volta a apostar nas atividades paralelas promovidas pelas Unidades Orgânicas. Assim, ao longo de três dias e um pouco por todo o campus universitário de Azurém, irão ser promovidas iniciativas que pretendem mostrar a diversidade de opções da UMinho. Para além da Mostra UPA, os jovens visitantes terão à sua disposição oficinas, apresentações, laboratórios experimentais e outras atividades hands-on, que contam com o acompanhamento de professores, técnicos, alumni e estudantes de toda a universidade, potenciando uma interação direta com a comunidade académica.

?A UPA vai já na 5º edição e a sua evolução tem sido continua e consistente. Trata-se de uma forma da UMinho mostrar aos jovens estudantes do secundário o que de melhor fazemos na instituição ao nível do ensino, da investigação e da cultura, para que esta Universidade faça parte das suas opções de percurso universitário. Este ano temos cerca de 5000 jovens inscritos para visita e participação nas atividades experimentais. Será um gosto recebê-los no nosso campus e tudo faremos para estar à altura das suas expetativas!?, referiu Teresa Ruão, pró-reitora para a Comunicação institucional.

À semelhança do que aconteceu no ano passado, a aposta da organização foi em melhorar a feira educativa que permitirá a estudantes do secundário, encarregados de educação, professores e orientadores vocacionais terem uma interação direta com a comunidade da UMinho. Neste espaço, que ficará situado nos jardins do campus de Azurém, os visitantes terão a oportunidade de conhecer e percorrer os stands das Escolas e Institutos da UMinho e aí obter todas as informações que vão de encontro às suas necessidades e interesses. O objetivo é que possam ficar munidos de toda a informação necessária para a ajuda na escolha da licenciatura onde pretendem dar continuidade aos seus estudos.

A Associação Académica da UMinho e os seus grupos culturais e o Departamento de Desporto e Cultura dos Serviços de Ação Social da UMinho também marcarão presença na Mostra UPA com várias atividades disponíveis. Paralelamente, o BabeliUM ? Centro de Línguas da UMinho, o Instituto Confúcio e o Departamento de Música estão também a preparar iniciativas para captar a atenção dos jovens estudantes.

Atividades alargadas ao campus e emissão especial da RUM em direto 

Para além das atividades integradas na Mostra UPA, vão ainda acontecer cerca de 40 outras iniciativas que irão darão um colorido e dinâmica diferentes ao campus de Azurém. ?UM Futuro com ciência?, ?Avaliação de lesões medulares?, ?Web mapping e SIG?, ?A bioengenharia de fibras óticas vivas?, ?Processos migratórios e as suas implicações para a gestão?, ?Álcool e o cérebro adolescente?, ?Desconstrução do livro?, ?MiniLab de investigação em educação?, ?Preparar o futuro no presente: Enfermagem na ESE UMinho?, ? Responsabilidade civil por danos causados por veículos autónomos? e o concerto ?Choral Lab? são algumas das iniciativas previstas pelas Escolas e Institutos da UMinho ao longo dos três dias da UPA.

Também a Rádio Universitária do Minho estará, uma vez mais, presente na UPA com uma emissão especial em direto. Irá acontecer na sexta-feira, dia 31 de março, a partir das 11h00, e irá congregar momentos de entrevista, apresentação de projetos e muita música.

Para além das atividades integradas no programa da UPA, existem eventos paralelos que vão permitir uma maior dinâmica ao campus de Azurém neste dia. No Pavilhão Desportivo de Azurém irá decorrer estará a decorrer a 15ª edição da RoboParty, reconhecido como o maior evento de robótica educacional em todo o Mundo, e que este ano irá juntar quase 400 participantes espalhados pelas cerca de 100 equipas provenientes de todo o país. O evento de três dias e duas noite que é abeto ao público de forma gratuita é organizado pela UMinho, através do Laboratório de Automação e Robótica do Departamento de Eletrónica Industrial da Escola de Engenharia e a botnroll.com, uma spin-off da UMinho, e juntará atividades pedagógicas, desportivas e lúdicas e ainda vários desafios robóticos, uma prova de obstáculos para robôs, a Race of Champions, uma demonstração de dança robótica e a RoboParty Fun Challenge.

A UPA estará com as suas portas abertas no dia 30 de março, quinta-feira, das 14h00 às 17h30, no dia 31 de março, sexta-feira, das 9h30 às 17h30 e no dia 1 de abril, sábado, das 10h00 às 13h00.

Fonte: GCI

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700 estudantes de Design passam por Guimarães na 9ª edição do ENED

700 estudantes de Design passam por Guimarães na 9ª edição do ENED

A cidade de Guimarães prepara-se para receber de 30 de março a 2 de abril a nona edição do Encontro Nacional de Estudantes de Design (ENED). O evento prevê a participação de mais de 700 estudantes, simpatizantes e profissionais da área do design. Estão previstas, em vários locais da cidade de Guimarães, dezenas de palestras, mesas redondas, espaços de networking e workshops, para além de atividades culturais e de lazer.

 

O evento que conta com o apoio da Escola de Arquitetura, Arte e Design (EAAD) é organizado por estudantes e para estudantes e tem como premissa a oferta de novas e diferentes experiências, práticas e teóricas. 

O evento, para além das centenas de estudantes participantes, receberá igualmente dezenas de palestrantes, oradores, assim como nomes e marcas de referência nacional e internacional na área da arte e do design. 

Para o dia 30 de março está prevista uma sessão de abertura que irá acontecer com a visita à zet gallery, na cidade de Braga. O dia 31 marca o arranque do programa de palestras a acontecer no São Mamede CAE, em Guimarães, e que contemplará as conversas com Daniel Caramelo sobre ?Economia de escala? e Ronald Rael, a representar o estúdio de arquitetura Rael San Fratello. Para esse dia estão programadas várias mini-talks e cerca de 20 workshops, com destaque para os já esgotados momentos de partilha com Eneida Lombe Tavares ?Iniciação à cestaria em bunho?, a acontecer no Instituto de Design (IDEGUI), e os de Francisco Gualter ?Poster e merch design? e Joaquim Szkutnik da Rocha ?A utopia dos espaços? que terão lugar no Centro de Formação Pós-graduada. 

No dia seguinte, 1 de abril, as talks do designer e diretor de arte português Toni Grilo e as de Eduardo Aires sobre ?Design gráfico? e Nuno Baltazar acerca do ?Design de moda de autor?, são algumas das que vão constar no programa que se desenrola ao longo de todo o dia em vários espaços. Haverá novamente mais de duas dezenas de workshops programados, entre eles o de Vera Vilas Boas ?Como inovar usando o design thinking? que terá lugar na Garagem Avenida. O evento culmina a dia 2 de abril, domingo, com as palestras a cargo de Fernanda Fragateiro, Helena Pereira e John Mcelgunn seguidas de uma sessão de encerramento e uma sunset party.

Face a um maior e melhor conhecimento daquilo que é o design, a indústria, a inovação, a sustentabilidade e o amanhã, incentivando um futuro progressista para os atuais e futuros profissionais da área, o ENED volta a destinar-se principalmente a estudantes, pretendendo dar a oportunidade a estes para usufruírem, no mesmo espaço, de uma interação e troca de impressões sobre esta temática com profissionais de relevo. A edição deste ano conta com o dst group como parceiro Diamond e irá acontecer nos edifícios do Instituto de Design de Guimarães, Teatro Jordão, Garagem Avenida, São Mamede CAE, Centro Avançado de Formação Pós-Graduada e Auditório Multifuncional de Couros. 

A bilheteira para o ENED está aberta até esta quarta-feira, 29 de março, em www.enedesign.pt.

Fonte: GCI