Posted on Leave a comment

13.ª edição dos Prémios de Mérito Desportivo da UMinho galardoou 28 estudantes

13.ª edição dos Prémios de Mérito Desportivo da UMinho galardoou 28 estudantes

Este foi, sobretudo, um momento de homenagem aos estudantes atletas que, a título individual ou coletivo, se sagraram Campeões Nacionais Universitários e que, em simultâneo, tenham obtido aproveitamento escolar de acordo com as condições previstas no Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo para o Ensino Superior. Os 28 estudantes atletas foram assim galardoados pela conjugação da excelência desportiva com o mérito académico, premiação relativa ao ano 2021/2022.

 

A cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Desportivo decorreu no passado dia 20 de março, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Minho (UMinho), em Braga, e contou com a presença do Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, da Administradora dos Serviços de Ação Social, Alexandra Seixas, da presidente da Associação Académica, Margarida Isaías, e do coordenador local de Braga do Desporto Escolar, Carlos Dias.

Nesta que foi a 13.ª edição do evento, os premiados resultaram de seis modalidades, sendo que o Voleibol Feminino e o Andebol Masculino foram as modalidades com mais premiados, 13 e 6, respetivamente. Para além destas, a Natação elegeu quatro atletas, o Taekwondo e Futsal dois e o Xadrez um.  Estes surgiram de 20 cursos da UMinho e de sete unidades orgânicas de ensino e investigação, sendo que as escolas mais representadas nos eleitos deste ano foram a Escola de Engenharia (11) e a Escola de Ciências (5).

Sobre a época desportiva transata, ?que se revelou uma vez mais de muitas conquistas, medalhas, troféus e organizações?, como assinalou a administradora dos SASUM, a UMinho alcançou, a nível nacional, 80 medalhas, com 210 estudantes atletas a serem medalhados em 17 modalidades. A nível internacional, foram conquistadas três medalhas nos campeonatos europeus, com 16 estudantes a serem medalhados. Para além destas competições, a UMinho foi palco do Mundial Universitário de Futsal em julho, competição onde quatro atletas da Academia foram medalhados.

Apesar da atual conjuntura e dos constrangimentos financeiros, a UMinho voltou, pela 13.ª vez, a fazer este reconhecimento àqueles que alcançaram, simultaneamente, o sucesso nas competições desportivas e nas prestações académicas. ?É um esforço da aposta inequívoca da Academia à prática desportiva e ao desenvolvimento da carreira dual?, sublinhou Alexandra Seixas.

Este ano, o montante atribuído aos 28 estudantes galardoados foi de 10.057 euros.  No total, e ao longo de todas as edições, já foram atribuídos 943 Prémios de Mérito Desportivo, num investimento global superior a 220 mil euros.

?Porque acreditamos que o esforço, a dedicação, a prestação de cada estudante sai reforçada com mais e melhores competências, competências essas transversais, reconhecidamente importantes no desenvolvimento pessoal, profissional e social de cada um, acreditamos estar a reforçar o papel da Universidade na construção de uma sociedade mais capacitada e preparada para os desafios do futuro?, concluiu a responsável dos SASUM.

?Hoje premiamos a excelência, a excelência desportiva, o sucesso académico e a conciliação dos dois?, começou por dizer a presidente da Associação Académica. Destacando a UMinho como de ?referência? e ?reconhecida? no que toca ao desporto, a nível nacional e internacional, bem como a nível do desporto informal. Relativamente ao sucesso académico, ?na UMinho nunca se questionou o valor da prática desportiva e da sua conciliação com o estudo?, evidenciando que já em 1998, a UMinho implementou um regime especial para o efeito, ?o qual abriu caminho para a criação do que é hoje o Estatuto do Estudante Atleta?, disse. Acrescentando ainda que ?somos, por isso, um íman para todos aqueles que desejam o melhor dos dois mundos?.

Dando os parabéns aos estudantes atletas premiados, afirmou: ?vocês são motivo de orgulho para a Academia (?) procurem fazer sempre mais e melhor, inspirando todos os que vos vêm como exemplo a seguir?.

Mas Margarida Isaías não terminou a sua intervenção sem deixar alguns apelos, desafios e chamadas de atenção, frisando que é na transição do ensino secundário para o ensino superior que se ?verifica o maior nível de abandono da prática desportiva?, seja a um nível mais informal, como a nível federado. Apontando, também, para uma desatualização dos métodos de ensino nas universidades portuguesas, que referiu serem ?pouco flexíveis aos diferentes percursos académicos, com uma carga horária excessiva e curricular exigente?, que não olha para o sucesso académico como o conjunto de aprendizagens dentro e fora da sala de aula, evidenciando que o investimento financeiro no desporto ?tem de ser uma prioridade?, declarou.

Face a isto, a representante máxima dos estudantes assegurou que a AAUMinho irá propor, em sede de Reunião Geral de Alunos, investir 360.000 no departamento desportivo, um reforço em 100 mil euros face ao ano transato, isto no sentido de tentar travar o abandono da prática desportiva. ?A maior contenção de custos e um menor número de estudantes atletas participantes, refletem a falta de financiamento”. Assinalando que existindo um desinvestimento, ?torna-se impossível a manutenção de resultados e de reconhecimento?, mas mais importante que isto, ?não estamos a conseguir promover o desporto nas universidades?, declarou. Para além disto, a líder estudantil apontou também a necessidade de melhorar as infraestruturas desportivas, ?sem investimento não temos complexos desportivos capazes e eficientes?.

?Estamos aqui para celebrar este compromisso da excelência desportiva com o sucesso académico?, começou por dizer o Reitor da UMinho, um facto que serviu também para a reafirmação daquilo que tem sido um compromisso da UMinho em torno do seu projeto de promoção do desporto.

O projeto do desporto da UMinho é um projeto partilhado entre os SASUM, a AAUMinho e a Universidade, ?esta é certamente uma das razões fundamentais do seu sucesso ao longo destes anos?, referiu Rui Vieira de Castro. Um projeto com ?expressão?, ?transversal?, ?exigente? e que deve, segundo este, ser ?sustentável?.

Perante os tempos de rarefação de recursos, o responsável da UMinho indica que não devemos ?desistir?, mas ?confiar naquilo que é o rumo certo pelos efeitos benéficos que traz para a nossa comunidade de estudantes e comunidade universitária no seu conjunto?.

Respondendo à interpelação lançada pela presidente da AAUMinho, que pretende investir mais no desporto, Rui Vieira de Castro disse que ?a Universidade não se pode deixar ficar para trás? e, dentro daquilo que são as condições da Academia, ?saberemos encontrar as formas de responder ao desafio que a AAUMinho nos deixa?, concluiu. 

Com uma intervenção no âmbito do tema ?Os impactos do desporto escolar e da carreira dual na relação com o aproveitamento académico?, Carlos Dias começou por apontar que o desporto implica ?sair da rotina?, ?romper barreiras?, ?trabalhar em equipa e cooperação?, destacando que ?o desporto desenvolve competências muito importantes?, pessoais, humanistas e de desenvolvimento integral, mas que o mais importante é a ?realização pessoal?. Expondo que esta é muito mais do que fazer uma vida académica somente, ou uma vida desportiva somente, ?a realização é conseguir incorporar os valores que o desporto tem, é ganhar competências com a formação académica, e, com a conciliação dos dois, conseguir fazer uma carreira dual até ao final da sua atividade desportiva e da sua atividade académica?, patenteou.

O coordenador local de Braga do Desporto Escolar expôs ainda que, no distrito de Braga, são cerca de 11 mil os alunos praticantes de desporto escolar e todos os concelhos do distrito possuem ofertas desportivas para além do futsal. Deixando um apelo disse: ?A escola precisa do desporto, o desporto pode ajudar muito no desenvolvimento integral dos alunos. Esta é a nossa missão, de todos nós?.

Texto: Ana Marques

Fotos: Nuno Gonçalves 

Posted on Leave a comment

UMinho entrega Prémios de Mérito Desportivo na segunda-feira

UMinho entrega Prémios de Mérito Desportivo na segunda-feira

A Universidade do Minho (UMinho) vai premiar mais uma vez os seus estudantes que conjugaram a excelência desportiva com o sucesso académico em 2021/2022. Ao todo serão distinguidos, com os Prémios de Mérito Desportivo (PMD), 28 estudantes atletas que obtiveram resultados de excelência em seis modalidades. O Voleibol e o Andebol foram as modalidades com mais premiados.
 
A cerimónia de entrega dos Prémios de Mérito Desportivo, relativa à época 2021/2022 realiza-se esta segunda-feira, dia 20 de março, pelas 18h00, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Minho, em Braga. 
 

A sessão conta com a presença do Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, da Administradora dos Serviços de Ação Social, Alexandra Seixas, da Presidente da Associação Académica, Margarida Isaías, e do coordenador local de Braga do Desporto Escolar, Carlos Dias, que fará uma intervenção no âmbito do tema ?Os impactos do desporto escolar e da carreira dual na relação com o aproveitamento académico?. 

Este será, sobretudo, um momento de homenagem aos estudantes atletas que, a título individual ou coletivo, se sagraram Campeões Nacionais Universitários e que, em simultâneo, tenham obtido aproveitamento escolar de acordo com as condições previstas no Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes de Ensino Superior.  

Os 28 estudantes premiados vão receber a bolsa e os respetivos certificados que atestam a sua excelência na vertente desportiva e académica. Estes surgem de 20 cursos da UMinho, sendo que as escolas mais representadas nos eleitos deste ano são a Escola de Engenharia (11) e a Escola de Ciências (5). 

As equipas de Voleibol Feminino e Andebol Masculino conquistaram o título de campeãs nas Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU?s) 2022 que decorreram nas cidades de Leiria e Marinha Grande, entre 16 e 27 de maio. Estas foram as modalidades que viram mais atletas eleitos para receber o prémio, 13 e 6, respetivamente. 

Dos 28 estudantes que vão ser distinguidos, 18 são do sexo feminino e 10 são do sexo masculino. 

A atribuição dos Prémios de Mérito Desportivo é uma iniciativa que já vai na sua 13.º edição. Ao todo, já foram atribuídos 943 Prémios de Mérito Desportivo, num investimento global superior a 220 mil euros.

Fonte: SASUM

Posted on Leave a comment

Universidade do Minho recebe o Campeonato Europeu Universitário de Voleibol 2023

Universidade do Minho recebe o Campeonato Europeu Universitário de Voleibol 2023

A Universidade do Minho (UMinho) e a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), voltam a organizar um grande evento desportivo internacional na cidade de Braga, com a realização do Campeonato Europeu Universitário de Voleibol, que se realizará de 16 a 23 de julho.
 

A Associação Europeia do Desporto Universitário (EUSA) atribuiu a organização à Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), que conta com a experiência da UMinho e AAUMinho para a organização de mais um grande evento internacional. A atividade prevê mobilizar cerca de 600 participantes, oriundos de várias universidades da Europa.  

Depois da experiência recente na organização do Campeonato Mundial Universitário de Futsal em 2022, Margarida Isaías, Presidente da AAUMinho e do Comité organizador, destaca a ?capacidade organizativa da AAUMinho e dos SASUM em provas internacionais?, sendo que o comité organizador ?está já a trabalhar com muito empenho e entusiasmo para que este campeonato europeu possa ser mais um evento realizado com sucesso?, sendo também de realçar a dimensão internacional do evento, pois ?é de enaltecer a importância de aliar o desporto à internacionalização, à partilha de experiências, de realidades e de culturas, ao mesmo tempo que levamos o nome da UMinho além-fronteiras?. 

A administradora dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM), Alexandra Seixas, espera que ?todos os participantes e estudantes-atletas das várias universidades europeias possam ter uma excelente experiência durante esta semana de competição e possam levar as melhores recordações da UMinho?, afirmando que ?apesar da larga experiência em organizações internacionais, tentaremos sempre melhorar a cada evento e a organização está já a trabalhar para que esta seja mais uma competição bem organizada e de sucesso para todos os envolvidos?. 

Depois do Campeonato Europeu Universitário de Voleibol já se ter realizado na UMinho em 2004, a cidade de Braga volta a acolher, passado 19 anos, a maior competição europeia universitária de voleibol durante o verão. 

A entrada para os jogos será gratuita e todas as informações acerca desta competição serão divulgadas a partir dos canais oficiais da prova:

www.volleyball2023.eusa.eu/

facebook.com/eusavolleyball

instagram.com/eusavolleyball

Fonte: SASUM

Posted on Leave a comment

XVII Cidade Berço ? Festival de Tunas Académicas

XVII Cidade Berço ? Festival de Tunas Académicas

Nos dias 17 e 18 de março, a nobre cidade de Guimarães recebe mais uma edição do Cidade Berço ? Festival de Tunas Académicas, organizado pela Afonsina – Tuna de Engenharia da Universidade do Minho.
 
Depois de um período de interregno causado pela pandemia da Covid-19, este festival, cuja primeira edição remete já ao ano de 1999, regressou em grande em 2022, lotando o Grande Auditório do CCVF. Esta 17ª edição do evento promete manter a qualidade que a Tuna Afonsina tem vindo a garantir nas ultimas edições do seu festival, trazendo mais de 200 participantes à cultura vimaranense.

Além da tuna anfitriã e de quatro tunas da academia minhota, irão participar tunas de vários pontos do nosso país, viajando desde Lisboa, Porto, Covilhã e Barcelos.

O evento divide-se em dois momentos distintos:

  • Sexta-feira, dia 17 de Março ? 21h30 ? Centro Histórico de Guimarães

Noite de Serenatas de entrada gratuita com participação das tunas a concurso e extra-concurso.

  • Sábado, dia 18 de Março ? 21h30 ? Grande Auditório do Centro Cultural de Vila Flor

Noite de Espetáculo com participação da tuna anfitriã e das tunas a concurso. 

Os bilhetes para a Noite de Espetáculo já se encontram à venda, podendo ser adquiridos no Espaço Recurso da Universidade do Minho, na FNAC, Bilheteira Online e postos aderentes. 

Todas as informações sobre este evento podem ser consultadas nas redes sociais da Tuna Afonsina.

Fonte: Afonsina

Posted on Leave a comment

?Profeta já nasce Profeta, apenas não o sabe?

?Profeta já nasce Profeta, apenas não o sabe?

Fundados a 13 de maio de 1991, a OPUM DEI são um dos grupos mais antigos da Universidade do Minho, irreverentes e polémicos, têm como grande marca o ?SECRETISMO?.
 
Com um longo trajeto de 32 anos, nas suas aparições a Ordem Profética hostilizou e entreteve as massas, com sátiras, músicas e encenações, performances que prezam pela capacidade de improvisação. Tendo como pontos altos do ano, o ?Velório da Gata? e o 1.º de dezembro, o grupo é composto por centenas de Profetas, constituído, na sua génese, por elementos do género masculino,

O UMdicas esteve à conversa com a direção do grupo para saber mais sobre a OPUM DEI, sobre a sua origem, trajeto, sobre os seus projetos e sobre o seu futuro.

A OPUM DEI – Ordem Profética da Universidade do Minho é um dos grupos culturais mais antigos da Academia Minhota. Como surgiu a ideia da sua criação?

Ser um dos grupos mais antigos da Fundação Minhota traz uma bagagem que poucas costas Minhotas conseguem carregar. Graças à genialidade de Profetas e à irreverência que só a eles pertencia, algures num barracão em parte incerta, dizem os registos que vigorava o ano de 1991, juntavam-se ilustres figuras para conviver e hostilizar. Foi então que algo maior do que eles, surgiu com a naturalidade com que estas coisas acontecem. Ficou fora do controlo deles e de todos os seus descendentes. Trilharam-se caminhos de glória onde só os predestinados vingaram, porque afinal: ?Profeta já nasce Profeta, apenas não o sabe?. 

De que é feito este grupo e como se caracterizam?

Este é um grupo irreverente e, dizem as massas, o grupo mais polémico a pisar as humildes tijoleiras desta Fundação. A palavra da Ordem continua a ser SECRETISMO, é algo que prezamos imenso e que mantém a chama do grupo acesa. Somos feitos de Profetas e de planos sérios e devidamente organizados para, ao mínimo deslize, tomar os fascistas e imperialistas que reinam no cenário académico de assalto. 

Em que ano/data foi fundado o grupo?

Estamos desde 13 de maio de 1991, e desde que há memória, nos corações de todos os jovens cujas vidas se quiseram entrelaçar nas nossas. Mesmo assim correm rumores de que existem, na Grécia Antiga, registos que indicam a já presença de Profetas em concílio no Monte Olimpo. É só fazer as contas. 

Historicamente, a Ordem tem vivido altos e baixos. Como descrevem o vosso trajeto e como consideram o momento atual?

Tal como 97% do território Lusitano é mar, também 97% da Ordem Profética da Universidade do Minho são marés. Tal como o mar, também a Ordem é pura beleza natural e sal das lágrimas de Portugal. Os 3% restantes são grãos de areia que ficam presos no calção de banho. Segundo o Profeta Eclesiastes: ?Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu; Tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de saltar de alegria.? 

Em que se destaca e diferencia a OPUM DEI dos outros grupos culturais?

Desde a sua fundação, sucederam-se as inúmeras aparições em que a Ordem Profética hostilizou e entreteve as massas, com sátiras, músicas e encenações.

Ao longo dos anos fomos vigiados pelo Serviço de Informações de Segurança (SIS), que nos considera uma célula terrorista ativa e sabemos, de fonte segura, que somos os únicos na Fundação do Minho com tamanha distinção. Tal como acontecia no Estado Novo àqueles que se identificavam contra o poder, também nós somos alvo das mais variadas tentativas de censura. 

Como caracterizam as vossas performances em palco? O que trouxeram e trazem ao panorama cultural da Universidade?

As nossas performances prezam pela capacidade de improvisação, nunca um exemplar de Homo sapiens sapiens presenciou duas atuações iguais da Ordem Profética, é algo que não nos motiva, ao contrário das tunas. Para toda e qualquer atuação preparamos o nosso mais poético repertório, bem como as fragâncias mais afrodisíacas. A Ordem foi, é e continuará a ser o sal dos eventos académicos. 

Por quantos elementos é constituído o grupo atualmente, e quem pode fazer parte dele? Como chegar até vós e como é feita a seleção de novos membros?

A Ordem Profética da Universidade do Minho é composta por centenas de Profetas que já nasceram Profetas e que por ela foram confirmados. O consórcio Profético é constituído, na sua génese, por exemplares de Homo sapiens sapiens do género masculino. A História vive de profecias e se o destino de um aluno da UMinho for a confirmação Profética, então ser-lhe-á revelado, por obra divina ou profética. Nas palavras do Profeta Constelações: ?Se tiver de ser, será. Se não tiver de ser, podes sempre fazer com que aconteça?. 

No vosso percurso, quais os momentos e participações que destacam? Onde podemos encontrar o grupo e qual o vosso ponto alto do ano?

O momento alto do ano Profético será sempre o Velório da Gata, é neste dia que renovámos os nossos votos Proféticos e quando sentimos com mais força o chamamento da Ordem. Ainda assim, o 1.º de dezembro ganhou, pela voz do povo, o subtítulo de Festival da OPUM DEI, e faz sentido que assim o seja. Este dia e este evento são sinónimos da liberdade, independência e irreverência e a Ordem é, nesse dia, o único grupo que faz jus ao mote. 

Quais os projetos do grupo mais importantes a curto/médio prazo?

A longo prazo o projeto mais importante e que não deixa dormir à noite todo e qualquer membro deste grupo é: Encontrar a melhor empresa de mudanças para nos instalarmos na sala de ensaios que nos foi prometida pela AAUMinho nos anos 90. A nossa independência dos poderes instalados tem os seus custos e este é um deles. No tempo da ditadura bloqueavam-se organizações proibindo o ajuntamento dos mesmos, pelo que estes permaneciam na clandestinidade. Mas tal como os ?clandestinos? do tempo do regime, também nós vivemos fortes na penumbra e somos aquela ?pedra no sapato? que não se consegue tirar. 

A dinamização do grupo, torna-lo cada vez mais atrativo é, provavelmente, um dos vossos grandes objetivos. O que têm a dizer aos interessados em fazer parte do grupo?

Sendo um dos grupos mais dinâmicos da Fundação Minhota, com membros de vários países da Europa e até mesmo dos cinco continentes, é claro que todos aqueles que forem brindados com a confirmação Profética para entrarem no núcleo Profético serão banhados com uma chapada cultural de diversidade astronómica. É uma experiência nunca antes vista que até mesmo astronautas dizem ser: ?O apogeu da vida na Terra?. 

Qual é maior sonho da OPUM DEI?

Pamela Anderson no Bar Académico a servir Jagermeister em copos de ginja. O maior sonho da OPUM DEI está entre isto, que o Anselmo Ralph volte a fazer a primeira parte da nossa atuação no Enterro da Gata ou que a Associação Académica se chegue à frente e nos entregue, rapidamente, o seu destino, para que possamos assim responder ao forte chamamento da massa estudantil, que partilha do mesmo sonho. 

2020 e 2021 foram anos particularmente difíceis para a cultura. Como viveram este período atípico?

No 11.º andar, a casa que, apesar das diversidades da vida, nunca nos negou a entrada. Todos aqueles, que por contratos legais, não se puderam juntar nesta humilde residência, foi-lhes possível deliciar os olhos e acariciar a alma com telechamadas Proféticas. Nas palavras dos sobreviventes: ?Foi um ano para esquecer, procurando sobreviver.? – in Um ano sem fim de OPUM DEI. 

Que iniciativas têm sido levadas a cabo pela OPUM DEI, no sentido de, nestes tempos complicados, continuarem a estar próximos dos vossos públicos?

?Eis o meu segredo, é muito simples: Já se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.?   Profeta Principezinho. 

Como veem o panorama dos grupos culturais universitários em Portugal e a nível internacional?

OPUM DEI 

Como analisam o contexto dos grupos culturais na vida da Universidade e de um universitário?

O Profeta conhece o caminho capaz de levar o homem até Ele, pois Ele percorreu-o no mesmo sentido. Há ainda muitos condenados por recusarem a profecia. Trata-se de uma escolha, de uma escolha feliz e intransferível. 

Uma mensagem à comunidade académica?

?Ouves por fim um rumor. De que, há uma Ordem a fazer furor. Chamam-lhe a OPUM DEI?. Viagem seguro, OK.

Texto: Ana Marques 

Fotos: OPUM DEI

Posted on Leave a comment

Entrevista a Margarida Isaías, presidente da AAUMinho

Entrevista a Margarida Isaías, presidente da AAUMinho

Margarida Isaías foi eleita presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) no passado dia 6 de dezembro, com a tomada de posse a realizar-se a 7 de janeiro. Com 23 anos e um longo historial de ligação à Associação Académica, a estudante assume que o facto de ser a segunda mulher a conseguir chegar ao cargo em 45 anos de existência da instituição, ?deve ser visto como um reflexo da mudança da sociedade em que vivemos?. A estudante do 6.º ano do Mestrado Integrado em Medicina é a 31.ª presidente AAUMinho.
 
O UMdicas esteve à conversa com a dirigente associativa que nos deu a conhecer os projetos, objetivos, prioridades e perspetivas para 2023, entre outras coisas. 
 

Quem é Margarida Isaías e o que a levou a abraçar o desafio da presidência da AAUMinho?

A Margarida Isaías é uma estudante que foi abraçando os desafios académicos e que o mundo associativo lhe lançou. Fui respondendo e evoluindo ao longo do meu percurso, aliando a medicina ao gosto e à vontade de trabalhar com os e para os meus colegas, os estudantes da Universidade do Minho. A minha atitude curiosa levou-me a querer sempre expandir os meus horizontes e foi na Associação Académica que encontrei o local ideal para o fazer. O desafio da presidência surgiu naturalmente: a experiência na estrutura e a contínua vontade de defender os estudantes do Minho fez com que este fosse o próximo passo. 

É a segunda mulher a ocupar a função na história da academia minhota. Entende que este facto, de certa forma, condiciona a forma como vai levar a cabo o seu mandato ou, por outro lado, entende que não tem qualquer relevância?

Não considero que altere a forma como o mandato deve ser conduzido. No entanto, acho sobretudo importante marcar esta posição histórica como um reflexo da mudança da sociedade em que vivemos. Veem-se já muitas mulheres em cargos de responsabilidade na Universidade (desde órgãos de gestão da mesma a associações juvenis: núcleos, secções, delegações e grupos culturais) e hoje, a direção da AAUMinho tem inclusive mais mulheres que homens. É o princípio da igualdade que nos define que fará, sem dúvida, no futuro, mais mulheres assumirem esta função de liderança na comunidade académica do Minho. 

O que significa para si ser presidente de uma instituição como a AAUMinho, muito consolidada e com um percurso de 45 anos?

É uma espada de dois gumes. Por um lado, um grande orgulho por representar os estudantes da Universidade do Minho e fazer parte da história desta já muito reputada instituição. Por outro, uma grande responsabilidade, exatamente pelos mesmos motivos. A celebração dos 45 anos de história da AAUMinho foi uma ótima oportunidade de revisitar um pouco das experiências de antigos presidentes, das dificuldades e dos sucessos e dos grandes feitos alcançados. Carregar agora connosco tudo isto e ter podido testemunhar um pouco desta evolução é uma enorme responsabilidade, que acredito estarmos à altura. 

Já era dirigente associativa. Em que medida entende que essa experiência poderá contribuir para o desempenho destas novas funções?

Considero a minha experiência como dirigente associativa como fundamental, especialmente a minha passagem pela AAUMinho. Tive a oportunidade de passar um pouco por todas as funções dentro da estrutura, o que me tornou conhecedora de várias das suas dimensões e me permitiu capacitar das ferramentas certas para desempenhar, agora, a função de presidente. Penso ser importante ter a versatilidade de entender os diversos pontos de vista dos estudantes e a capacidade de ir de encontro aos seus direitos e necessidades, e foi enquanto dirigente associativa que desenvolvi estas vertentes. 

Encabeçou uma das duas listas à direção da AAUM e alcançou a vitória com 82,51% dos votos. Esperava um resultado tão expressivo?

Trabalhamos com esse objetivo em mente: dar a conhecer o nosso projeto aos estudantes, que o reconheceram como sólido, representativo dos seus interesses e capaz de agir no agora, mantendo sempre os horizontes no futuro. Este é um resultado que nos dá, por parte dos estudantes, um voto de confiança para exercermos a nossa atividade e sentimos o peso da responsabilidade de um resultado tão positivo. Contudo, não estamos alheios à abstenção eleitoral e iremos trabalhar, durante todo o ano, para a reduzir. 

Como caracteriza a equipa que a acompanha?

É uma equipa altamente diversa e com provas dadas nos diferentes departamentos. Temos dirigentes de todos os ciclos de estudo, de uma grande variedade de escolas e todos com experiência associativa, entre Núcleos, Secções, Delegações, Grupos Culturais e Órgãos de Representação Estudantil da Academia. Além disso, é uma equipa que preserva a experiência de dirigentes com passagem pela AAUMinho, especialmente nos cargos de liderança. Consideramos esta continuidade crucial para o desenvolvimento de um projeto de qualidade, já que o conhecimento e a perceção da estrutura fazem com que seja possível perceber os seus pontos de melhoria. No entanto, não deixamos de apresentar uma grande renovação na conjuntura total, reflexo da importância que damos à inserção de novas ideias e mentalidades na AAUMinho. 

Pensa que este percurso de associativismo será relevante para o seu futuro. Em que medida?

O percurso associativo e sobretudo a vontade do estudante em se envolver noutros projetos, que não os puramente académicos, acrescenta valências essenciais aos profissionais do futuro. Num mundo em constante mudança, a adaptabilidade é uma das mais valorizadas características no mercado de trabalho. Um dirigente associativo é um estudante mais preparado para lidar com a mudança e com a diversidade de circunstâncias; é um estudante que demonstra interesse na comunidade e no desenvolvimento da mesma, seja em que área for. Assim, deste meu percurso levo algo que o meu curso, sozinho, nunca me poderia dar. Sou hoje uma estudante, futura profissional, uma cidadã mais completa. 

Quais são os vossos planos, propostas e objetivos para 2023?

A atividade da AAUMinho tem-se dividido entre, por um lado, a reivindicação e política educativa e, por outro, os eventos e atividades departamentais. Uma estrutura tão grande tem sempre objetivos, planos, propostas e objetivos igualmente extensos, mas irei tentar resumir.

Assim, numa vertente social, pretende-se alargar as ofertas de voluntariado na Academia, com o Projeto UMFuturo na linha da frente; construir uma Academia mais inclusiva, promovendo um sentimento de igualdade e, ainda, advogar pelo Bem-estar da Academia, tendo um papel ativo na concretização da prevenção do assédio e da promoção de saúde mental.

Na temática do emprego jovem e da emancipação dos jovens, o objetivo passa por consolidar a marca START POINT, promovendo formações, discussões, o empreendedorismo e o contacto com o mercado de trabalho.

O excelente legado desportivo do Minho deixado pelas sucessivas direções impõe para 2023 o objetivo de, tanto a nível nacional como internacional, ser feito jus ao bom nome, realçando nesta vertente, a organização do Campeonato Europeu de Voleibol Universitário.

Dado o contexto nacional, tem-se sentido a falta de condições para o exercício de muitas atividades culturais, causando uma crise na área. Assim, para 2023, é fundamental a ação da AAUMinho na proteção e reforço de atividades e dinâmicas que promovam a cultura nos estudantes.

De forma a melhor conhecer as cidades que nos acolhem e que elas nos conheçam melhor, queremos abrir as portas do Recinto das Monumentais Festas do Enterro da Gata às crianças finalistas nos infantários e escolas primárias da cidade, numa tarde precedida por um pequeno cortejo pela cidade de Braga.

Naturalmente, também em 2023 haverá espaço para os eventos recreativos já amplamente conhecidos, sempre acoplados a uma iniciativa social, cultural ou desportiva, inovando nesta senda, com uma celebração final do ano letivo.

A promoção de uma Universidade democrática, coloca no cerne da questão a participação estudantil, conseguida através da capacitação dos dirigentes associativos e dos delegados potenciada pela AAUMinho.

No que concerne à reivindicação, ao lado do Movimento Associativo Estudantil, os planos enfatizam a valorização do Ensino Superior e o aumento do financiamento ao mesmo. Um dos focos será garantir o acesso ao Ensino Superior justo, universal e gratuito; assim como assegurar a frequência no ES pelo compromisso por uma ação social direta e indireta robusta, rápida e abrangente.

A abstenção voltou a ser muito expressiva nestas eleições. Que estratégias para uma maior aproximação a todos os estudantes de forma a alargar a representatividade?

Eu acredito que a abstenção é algo que se deve trabalhar durante todo o ano e não apenas na altura da campanha eleitoral. É essencial demonstrar o impacto que a AAUMinho tem na vida do estudante e, de forma mais importante e acentuada, comunicar de forma eficaz e alargada as suas ações, as suas atividades e a sua presença nos campi. Esta é uma tarefa difícil, mas com uma comunicação eficiente, acreditamos ser possível envolver mais estudantes no reconhecimento da importância da Associação Académica na sua vida, demonstrando a importância da estrutura e, consequentemente, reduzindo a abstenção. Neste sentido, lançamos já uma nova rubrica, a AAUMinho Presente, que visa ir de encontro a isto mesmo, com um conjunto de sessões de auscultação, de artigos explicativos dos mais variados temas de ação da AAUMinho, entre outros. 

Na sua opinião, a AAUMinho tem contribuído para melhorar o desempenho/funcionamento da Universidade? Em que aspetos?

O contributo da AAUMinho é extremamente importante e necessário para o contínuo desenvolvimento do funcionamento e do ensino na Universidade do Minho. A essência da Universidade é formar estudantes, pelo que nunca será possível encontrar as soluções corretas sem a auscultação dos mesmos. O trabalho de foco da Associação Académica passa muito por esta vertente, a de perceber junto dos estudantes quais são as suas maiores dificuldades, preocupações e constrangimentos. Após entender essas necessidades, cabe à AAUMinho fazê-las chegar aos decisores, dentro da Universidade, e arquitetar soluções em conjunto para que a experiência associada a um estudante da UMinho seja a melhor possível. Utilizando um exemplo atual, no caso da falta de condições das residências estudantis, este mesmo processo foi levado a cabo. Os estudantes acusam um problema no funcionamento – precariedade e degradação das instalações, que as tornam muitas vezes inabitáveis – a Associação Académica utiliza o seu contacto próximo para identificar junto dos estudantes o foco do mesmo e em sequência fazem notar a sua representação junto da Universidade, que, por sua vez, deve, em uníssono com aquelas que são as preocupações dos estudantes, trabalhar para a sua resolução, mantendo sempre também os estudantes como integrantes do processo. Ainda de notar que a AAUMinho exerce ainda muitas vezes um papel complementar ao da próxima Universidade, nomeadamente com marcas como a marca RECURSO ou a marca START POINT. Estas marcas oferecem mais valências à Academia, quer, por exemplo, no caso do RECURSO, com os seus pontos de proximidade e o serviço de transportes, quer a START POINT, com um complemento ao desenvolvimento de carreiras. 

Muitas são, obviamente, as preocupações dos estudantes da UMinho. Questões como ?preços justos de arrendamento?, a ?abolição das propinas? ou até mesmo o apoio à saúde mental dos estudantes estão na ordem do dia. Que estratégia delinearam para levar estas preocupações às diversas sedes em que podem ser resolvidas?

O papel da AAUMinho passa justamente por esse contacto entre as preocupações dos estudantes e os decisores políticos. Para isso, este ano temos o objetivo de desenvolver uma Moção Global, um documento completo que englobe verdadeiramente as dificuldades e sugestões de resposta dos estudantes, em que todos sejam ouvidos e façam parte da tomada de decisão. Um documento que possa servir de mote para a ação da Associação Académica. E, porque muitos destes temas estão inseridos num contexto nacional, queremos trabalhar em conjunto com o movimento estudantil Académicas Ponto. Este aglomera as Associações Académicas nacionais em prol da defesa dos seus estudantes, que tanto apresentam semelhanças entre si. Esta reunião permite sobretudo credibilizar ainda mais as ideias da AAUMinho, que se vê também apoiada e suportada pelas outras Associações e, por consequência, com mais voz para dar a conhecer as suas preocupações e sugestões junto dos decisores políticos. 

Qual a situação e quais os últimos desenvolvimentos sobre o projeto da nova sede da AAUMinho? Já há data para o arranque da obra?

O projeto da nova sede da AAUMinho é já há muito uma grande ambição da estrutura. É um projeto já de alguns anos e que tem vindo a estar, felizmente, cada vez mais perto da realidade. Queremos lançar o concurso público ainda este ano e estamos dedicados para que este projeto seja levado a cabo com maior celeridade quanto possível. Ainda assim, durante o ano, muitos dos esforços, no que diz respeito à nova sede, estarão ainda na obtenção de financiamento, que é, ainda ele, insuficiente, dada a grandeza e o impacto da obra em questão. 

A Gata na Praia e o Enterro da Gata são duas das iniciativas mais aguardadas pelos estudantes ao longo do ano. Alguma antecipação ou novidade para estas atividades este ano?

Não é de toda a nossa intenção ?inventar a roda? no que toca a estas já tão históricas e adoradas atividades da AAUMinho. O ano passado ocorreu precisamente a retoma destes dois eventos, após dois anos interrompidos pela pandemia, o que fez com que fosse um ano de exploração e de reaprendizagem. Este ano, após retomados os processos, será uma oportunidade de limar arestas e acrescentar mais qualidade ainda àqueles que já são imagens de marca da Associação Académica. Então, vemos também com bons olhos algumas adições na já típica rotina: falo do cortejo dos pequeninos, em que se prevê alargar a tradição académica a toda a cidade, nomeadamente com crianças, também elas a ter o seu momento de despedida de ciclo. Também na Gata na Praia o cenário da inovação não está descartado, mantendo até a possibilidade de envolver outras Associações Académicas nesta aventura pelo litoral. 

A AAUMinho e os SASUM são parceiros estratégicos em várias áreas de atuação. Como vê o trabalho prestado pelos SASUM e que importância lhes atribui na prossecução da missão da AAUM e que contribuição para o bem-estar e qualidade de vida dos estudantes?

A AAUMinho e os SASUM têm trilhado um caminho próximo e profícuo na sua relação institucional. Seria difícil não salientar o desporto, onde esta relação, além de benéfica, tem mesmo sido vista como um exemplo para outras instituições do Ensino Superior do país. Os resultados desportivos estão à vista e a capacidade demonstrada na organização de grandes eventos não é um acaso e responsabiliza de forma positiva esta cooperação. Ainda há aspetos a melhorar, como é o caso da cultura, que ainda é uma área pouco explorada nesta parceria. No entanto, a escassez no financiamento dos SASUM acaba por condicionar também aquele que é o seu trabalho, havendo espaço para melhorar o seu funcionamento. 

A UMinho vai poder oferecer alojamento aos estudantes, contando com mais duas residências universitárias, em Braga e em Guimarães. Como vê estes projetos no âmbito das dificuldades de alojamento para os estudantes que se vêm verificando e acentuando?

Obviamente que é uma notícia que nos alegra. O alojamento estudantil no país e na Universidade do Minho, em específico, já há muito tempo que é um dos principais problemas que os estudantes enfrentam no acesso e frequência no Ensino Superior. Estas duas residências vêm combater esse mesmo défice, pelo que a nota é positiva. Apesar disto, há que ter os pés bem assentes na terra no que toca ao alojamento estudantil. A inflação continua a preocupar-nos e com melhores condições nestas novas residências, a procura por esta solução aumentará bastante, tanto por um previsto aumento de estudantes bolseiros, como um previsto aumento de estudantes não bolseiros a procurar uma opção de alojamento mais em conta. É também ainda essencial não esquecer as condições das atuais residências, com uma necessidade urgente de reabilitação das mesmas. 

A UMinho irá receber este ano o Campeonato Europeu Universitário de Voleibol. Quais as expectativas em torno deste importante evento?

Estamos ansiosos e preparados. A UMinho conta já com um bom histórico como anfitriã de competições internacionais e o Campeonato Mundial de Futsal Universitário do ano passado é prova disso. Já mostramos por diversas vezes estar à altura de organizar eventos desta dimensão e esperamos que este ano não seja diferente, recebendo cerca de 600 atletas de toda a Europa com o toque minhoto. Esta responsabilidade remete também para uma clara necessidade de reabilitação dos complexos desportivos da Universidade. A capacidade de albergar eventos desta dimensão no Minho está, cada vez mais, limitada pela qualidade das infraestruturas existentes, tanto nos complexos desportivos como nas residências universitárias, preocupando-nos que tal não seja possível enquanto estas condições não sejam asseguradas. 

Que avaliação faz da política que tem sido seguida a nível da ação social no ensino superior pelo Governo?

É sobretudo importante ser realista na abordagem a esta questão e perceber que há um claro desinvestimento e desconsideração política naquilo ao que o Ensino Superior concerne. Há de facto muitas lacunas no Ensino Superior, mas, apesar disso, foram dados alguns passos largos naquilo que já eram há muito reivindicações dos estudantes no último ano. Falo, por exemplo, do aumento do limiar de atribuição das bolsas e do aumento das mesmas, à luz da inflação. Ou mesmo do já tão reivindicado complemento de transporte, que veio colmatar um grande défice já há muito sentido pelos estudantes. Mas, como disse, por muita satisfação que estas conquistas nos tragam, não consideramos ser ainda suficientes estas alterações, tendo proposto novas medidas no nosso manifesto eleitoral. Dentro destas medidas, incluímos alguns possíveis novos complementos, como um para o caso dos estudantes duplamente deslocados ou para o material indispensável ao curso. Ainda objetivamos extensões àquilo que já existe, como um limiar ainda maior para a atribuição de bolsas e maiores valores. 

Na sua opinião, as nossas instituições de ensino superior estão a conseguir acompanhar as mudanças no mercado de trabalho e a preparar corretamente os nossos alunos?

Acredito que as instituições de ensino superior caminham para isso, mas se calhar não na velocidade à qual o mundo do trabalho muda e que os estudantes exigem. O método de ensino não é, em muitos casos, o mais inovador ou adequado e as competências trabalhadas e avaliadas não são, em muitos casos, as mesmas que são requeridas no mercado de trabalho. Ainda há um vasto caminho a percorrer e são muitas as áreas nas quais eu poderia indicar défices. Prefiro, no entanto, dar a conhecer aquilo que de bom já se faz no Minho, recorrendo à nossa marca START POINT e dando especial atenção à Summit, uma feira de empreendedorismo com selo AAUMinho, que é justamente a representação da aproximação dos estudantes da Universidade do Minho à realidade laboral, onde estes podem de facto ter este contacto próximo e adaptar mais rapidamente as suas competências ao que lhes é útil nessa nova fase. 

E a par do futuro da Associação Académica, desenha também o seu próprio futuro. Porquê Medicina e o que se vê a fazer nesta área?

No meu discurso de tomada de posse tive a oportunidade de refletir um pouco sobre aquele que tem sido o meu percurso pela Universidade: ?a jovem de 17 anos que tudo o que queria era entrar no curso de Medicina, pouco pensou sobre aquele que iria ser o seu percurso durante os longos 6 anos de curso. Ora bem, tem ido muito mais para além da saúde, da medicina e da prática médica, tem ido na direção dos jovens, da educação, do ensino superior e do país?. Este é, de facto, um resumo do meu percurso que penso que definirá o meu futuro. Escolhi medicina pelo gosto de trabalhar com pessoas e para pessoas aliado à curiosidade de perceber como tudo funciona. No associativismo tenho a oportunidade de ir para além da medicina, de ir de encontro ao mundo que me rodeia e espero que no futuro consiga conciliar todas estas dimensões da minha vida. 

Que ?marca? gostaria de deixar enquanto presidente da AAUMinho?

A verdadeira ?marca? na Associação Académica é aquela que continua a impulsionar e a suportar a sua atividade futura. A AAUMinho é já, por si só, uma estrutura altamente trabalhada, organizada, inovadora e diversificada. Os objetivos passam sempre por esta se reinventar e se moldar às necessidades dos estudantes de hoje e do futuro. Este ano queremos sobretudo fortalecer as nossas atividades, quase todas a acontecerem pela segunda vez, depois da paragem pandémica, quer na melhoria dos processos, quer na reinvenção das próprias. Além destas ?marcas?, acho importantíssimo dar também algum destaque à experiência passada aos dirigentes. No meu percurso, a marca dos ex-presidentes e dirigentes mais experientes moldou também aquilo que eu sou, fora de toda aquela que é experiência universitária ou de vivência. Foi na AAUMinho que aprendi, que ensinei e que tomei, por exemplo, muitos dos bons dirigentes que por cá passaram. É também esta ?marca? que quero deixar nos dirigentes que este ano me acompanham. 

Uma mensagem aos estudantes da UMinho e aos estudantes do ensino superior?

A mensagem que tenho a deixar aos estudantes pode ser transmitida num simples verbo: ?participar?. Participem, interessem-se pelo mundo que vos rodeia e façam parte da mudança. Quer seja na vossa turma, no vosso ano, no vosso curso, na vossa escola ou por toda a universidade, queiram saber mais e conhecer mais realidades, queiram estar um pouco por todo o lado e aproveitar também um pouco do melhor que todos esses lados têm a oferecer. Sejam ativos politicamente em sociedade e não tenham medo de dar a vossa opinião e de defender os vossos interesses, contribuindo para o debate saudável e o alargar de horizontes por parte de toda a Academia.

Texto: Ana Marques

Fotos: Nuno Gonçalves 

Posted on Leave a comment

Percursos?Óscar Melo

PERCURSOS?

Óscar Melo é natural de Lamego, mas vive em Guimarães. Com 47 anos, é casado e pai de um filho, desempenhando funções nos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) há 17 anos. Atualmente, faz parte do DAS, uma equipa com cerca de 50 trabalhadores.
 
Nesta entrevista, o trabalhador, adstrito ao Departamento de Apoio Social (DAS), e mais especificamente, à Divisão de Apoio ao Bem-Estar do Estudante, que se caracteriza como otimista, fala-nos do seu percurso de vida e experiência profissional, conta como é vivido o dia a dia, afirmando que a sua maior motivação é saber que o seu trabalho ajuda os estudantes de uma forma direta. 

Como chegou aos SASUM e qual o seu percurso académico e profissional?

Terminei a Licenciatura em Engenharia do Vestuário em 2004, mais tarde, em 2012, tirei uma especialização em Engenharia Humana, ambas na Universidade do Minho. Após ter terminado a minha ligação com a empresa onde fiz um estágio profissional, surgiu a hipótese, em 2005, de poder colaborar com os SASUM, inicialmente como prestador de serviços, tendo, posteriormente, integrado o Quadro de Pessoal como Técnico Superior. Durante estes anos, estive a maioria deles afeto ao Gabinete do Administrador, em 2019, com a alteração do Regulamento Orgânico dos SASUM, mudei para o DAS. 

Há quantos anos está nos Serviços e quais são, atualmente, as suas funções?

Estou há 17 anos nestes Serviços, neste momento afeto à Divisão de Apoio ao Bem-Estar do Estudante do DAS. As principais funções nas Residências Universitárias passam por assegurar a conservação dos espaços e equipamentos e interagir com os estudantes e trabalhadores, visando manter uma boa organização e convivência entre todos. No âmbito do Apoio Clínico, outro dos serviços ao qual estou ligado, as principais funções são de apoio à gestão e organização interna do serviço. 

Gosta do que faz?

Globalmente posso dizer que sim, mas como em tudo, a rotina acaba por tirar um pouco de entusiasmo ao que fazemos. 

O que mais o motiva e quais as maiores dificuldades, no dia a dia, no desenvolvimento do seu trabalho?

A maior motivação é saber que grande parte do nosso trabalho ajuda os estudantes de uma forma direta e podermos ver essa satisfação no rosto de muitos, variadas vezes. As maiores dificuldades passam pela falta de recursos ou pela burocracia inerente aos processos de aquisição, que, muitas vezes, não nos permitem dar a resposta rápida que desejaríamos.   

Como caracteriza o trabalho feito no DAS, em particular na sua área?

Exatamente como o próprio nome do departamento indica, um trabalho de apoio ao estudante em várias vertentes, desde a económica à social, passando pelo próprio bem-estar físico e psicológico de cada estudante. 

Quais são as melhores/piores memórias que tem do seu trajeto nos SASUM?

As melhores memórias são sempre as pessoas e os momentos de convívio, sejam eles colegas de trabalho ou estudantes. Pior memória, abrir a porta de um quarto a uma mãe, que veio recolher os pertences da filha falecida dias antes. 

Como foi passar pela pandemia, pessoal e profissionalmente?

Foi complicado como para a maioria. Pessoalmente porque o isolamento nos privou de muitos momentos com a família e amigos. Profissionalmente foi desafiante, porque as Residências Universitárias sempre mantiveram a atividade, num período com demasiadas regras sanitárias e num ambiente com pessoas das mais variadas origens e nacionalidades, que era necessário proteger e apoiar quando necessário.   

Como olha para o futuro?

Com um otimismo prudente.

Curiosidades

O que o marcou?

Um cliché, mas é o que é, o nascimento do meu filho.

O que ainda não fez?

Salto de paraquedas.

Ainda tem um grande sonho?

Uma viagem aos confins do mundo.

Livro?

?A sangue frio? de Truman Capote.

Filme?

?O caçador? do realizador Michael Cimino.

Uma música e/ou um músico?

?Generation Sex? dos The Divine Comedy.

O que gosta de fazer nos tempos livres?

Andar de mota.

Vício?

Ver as capas dos jornais diariamente.

Um lugar?

São Leonardo de Galafura.

A Universidade do Minho?

Mais de metade dos meus anos de vida.

 

Texto: Ana Marques

Fotos: Nuno Gonçalves 

Posted on Leave a comment

Grupo Folclórico da Universidade do Minho inaugura a Exposição ?Retalhos do Minho? na Galeria do Paço

Grupo Folclórico da Universidade do Minho inaugura a Exposição ?Retalhos do Minho? na Galeria do Paço

A exposição marca o início das comemorações do 30.º aniversário do GFUM com o projeto ?Voltas da Tradição?.

 

O Grupo Folclórico da Universidade do Minho vai inaugurar amanhã, dia 28 de janeiro, a exposição ?Retalhos do Minho?, na Galeria do Paço, em Braga. Esta mostra etnográfica servirá de pontapé de saída para as comemorações dos 30 anos do grupo e ficará patente até ao dia 11 de fevereiro, com espólios pertencentes a vários colecionadores, provenientes de diferentes zonas da região.

Os diversos concelhos do Baixo Minho (Braga, Vila Nova de Famalicão, Esposende, Guimarães, Barcelos e Vieira do Minho), assim como concelhos circundantes, estarão representados por peças originais de coleções privadas e de algumas coletividades locais, cedidas para o efeito.

A mostra etnográfica servirá de arranque ao projeto cultural das comemorações, ?Voltas da Tradição? que assenta num conjunto de iniciativas para a promoção da cultura popular e tradicional do Baixo Minho. Este projeto integrará exposições, tertúlias, workshops, concertos, o festival “Memória” – Festival Universitário de Artes e Tradições, a Canção Bracarense e um conjunto de medidas de salvaguarda para a candidatura do “Canto a Vozes”, a Património Cultural da Humanidade.

Estes momentos de celebração, que estão previstos para o resto do ano, contam com vários apoios como o da Universidade do Minho, Município de Braga, IPDJ, Associação Académica da Universidade do Minho e ainda o patrocinador oficial, Braga Parque, além de outras empresas que se associaram.

GFUM

Posted on Leave a comment

?O nosso trajeto faz-se de muita ambição e humildade?

?O nosso trajeto faz-se de muita ambição e humildade?

Fundados a 25 de abril de 2008, a IPUM é um grupo irreverente e inovador, marcado por ritmos contagiantes.
 
Apenas com 14 anos, mas já com muitos quilómetros nas pernas, o grupo foi formado em 2008 por um grupo de amigos que procurava explorar vertentes musicais diferentes das que já existiam na academia. O gosto pela recolha e desenvolvimento de ritmos tradicionais, acompanhados pelo potente som das gaitas transmontanas, deram origem à identidade da IPUM (Percussão Universitária do Minho). A data da sua fundação, 25 de abril de 2008, dizem eles ?condiz bem com os nossos valores de irreverência e inovação?.
 

O UMdicas esteve à conversa com a direção do grupo para saber mais sobre os IPUM, sobre a sua origem, trajeto, sobre os seus projetos e sobre o seu futuro.

De que é feito este grupo e como se caracterizam?

O grupo é aberto a todos, sendo ele misto, quer sejam alunos da academia minhota, quer sejam ex-alunos, que ajudam a compor o departamento de reumáticos do grupo. Os únicos pré-requisitos são o gosto pela música, boa disposição e energia para pôr as peles a vibrar com os nossos ritmos contagiantes. Damos formação a todos os membros seja na percussão, gaita de foles, danças e degustação de boa bebida e comida.

Como descrevem o vosso trajeto?

O nosso trajeto faz-se de muita ambição e humildade. Sabíamos das dificuldades da criação de um novo grupo e sempre tentamos apontar aos grandes eventos nacionais. Ao levarmos o nome da IPUM a todas as regiões portuguesas levamos também o nome da nossa academia, a Universidade do Minho. Neste trajeto destacamos a participação em várias edições do Festival Geada (Miranda do Douro), Flaviae Fest/Identidades (Chaves), L Burro i l Gueiteiro (Miranda do Douro), programa Verão Total da RTP1 e participação em várias feiras medievais e recriações históricas.

Em que se destacam e diferenciam os IPUM dos outros grupos culturais?

A IPUM é um grupo inclusivo que não olha necessariamente ao background musical que os elementos possam ter. Os azuis do Minho promovem aprendizagem, camaradagem e crescimento, tanto musical como humano. Somos um grupo de amigos que levamos para a vida toda.

Como caracterizam as vossas performances em palco? O que trouxeram e trazem de novo ao panorama cultural da Universidade?

A nossa performance só tem um segredo: dar sempre 100%. Não importa o tamanho do palco ou da plateia, o nosso som vai contagiar toda a gente. As gaitas transmontanas são certamente a parte que melhor nos destaca no panorama cultural da universidade.

Por quantos elementos é constituído o grupo atualmente e quem pode fazer parte dele?

Atualmente o grupo é constituído por cerca de 15 elementos ativos, sendo que qualquer aluno ou ex-aluno se pode juntar a nós.

No vosso percurso, quais os momentos e participações que destacam? Qual o vosso ponto alto do ano?

Destacamos as participações na récita do 1.º de Dezembro e as edições do festival Geada. A primeira por ser uma atuação da nossa academia para o público de Braga, em pleno Theatro Circo, a segunda por estarmos no nosso habitat natural, da nossa cultura musical. O nosso ponto alto deste ano, pós-pandemia, foi precisamente o regresso aos palcos na récita, juntamente com a Literatuna.

Quais os projetos do grupo mais importantes a curto/médio prazo?

A curto/médio prazo, temos o objetivo de expandir a nossa comunicação e divulgação, no sentido de cativar mais membros e aumentar o nosso leque de atuações. Em 2023, abrirão também aulas de gaita de foles e percussão tradicional, a todo o público.

A dinamização do grupo, torná-lo cada vez mais atrativo é, provavelmente, um dos vossos grandes objetivos. O que têm a dizer aos interessados em fazer parte do grupo?

É simples, ?quem pratica música nela fica e com ela levamos a memória?. A IPUM é um grupo cultural irreverente onde para além de música, irão encontrar uma família.

Qual é maior sonho do IPUM?

O maior sonho da IPUM não pode ser descrito por palavras, porque nem o céu azul é o limite. 

2020 e 2021 foram anos particularmente difíceis para a cultura. Como viveram este período atípico? 

A pandemia trouxe bastantes constrangimentos, não só a nós como a todos os grupos culturais. Reinventámo-nos, procuramos manter o contacto virtualmente, compusemos uma música e videoclipe, procurando também estar junto do nosso público.

Que iniciativas têm sido levadas a cabo pelo IPUM, no sentido de, nestes tempos complicados, continuarem a estar próximos dos vossos públicos?

Aumentar o número de partilhas nas redes sociais, relembrar bons momentos através de fotografias e vídeos, sempre com a promessa que não foi um adeus, mas um até já.

Como veem o panorama dos grupos culturais universitários em Portugal e a nível internacional?

Os grupos culturais têm um papel importantíssimo no que é a tradição académica portuguesa. Os universitários que neles participam levam uma bagagem que não encontram em mais lado nenhum, isso distingue-nos das universidades internacionais, excetuando a tradição académica espanhola. Por isso é bom ver, não só a IPUM, mas também os outros grupos da Universidade do Minho a representar Portugal além-fronteiras.

Como analisam o contexto dos grupos culturais na vida da Universidade e de um universitário?

Os grupos culturais, sendo constituídos por elementos de diferentes cursos, permitem um intercâmbio de conhecimentos e valências. Sendo um grupo organizado também são adquiridas soft skills tão importantes no mercado profissional de hoje em dia. Aquilo que somos está ligado à nossa cultura e se esta for esquecida então também seremos esquecidos.

Uma mensagem à comunidade académica?

Está cientificamente comprovado que duas horas de ensaio por semana na IPUM ajuda a reduzir os efeitos do stress induzido por frequências e exames. Para mais informações consulte as redes sociais, acompanhem o nosso trabalho e venham experimentar, todas a terças e sextas-feiras, às 21h30 no auditório 0.08 do CP1!

Texto: Ana Marques 

Fotos: IPUM

Posted on Leave a comment

PERCURSOS?Filipa Oliveira

PERCURSOS?

Filipa Oliveira nasceu e vive em Braga há 44 anos. Casada, mãe de 3 filhos, desempenha funções nos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) há 20 anos. Atualmente, faz parte do Departamento Contabilístico e Financeiro, uma equipa com cerca de 20 trabalhadores.
 
Nesta entrevista, a trabalhadora, adstrita ao Departamento Contabilístico e Financeiro (DFC), que se caracteriza como otimista, fala-nos do seu percurso de vida e experiência profissional, conta como é vivido o dia a dia, afirmando esperar novos desafios que a façam crescer.   
 

Como chegou aos SASUM e qual o seu percurso académico e profissional?

Licenciei-me em Administração Pública aqui na Universidade do Minho (UMinho), tenho uma Pós-Graduação em Contabilidade Pública pela Universidade Lusíada e terminei no início de 2014 o CADAP ? Curso de Alta Direção da Administração Pública, também aqui na UMinho. Ingressei no mestrado em Administração Pública, que não conclui.

Tive a oportunidade de fazer o meu estágio curricular no DAF ? Departamento Administrativo e Financeiro e por aqui fiquei, entretanto, em 2019, o departamento passou a designar-se Departamento Contabilístico e Financeiro.

Iniciei o meu percurso nos SASUM no ano 2002, a classificar documentos de receita e despesa, o que me permitiu trabalhar em contabilidade pública e ter uma noção mais geral da instituição. Depois, com o aumento das unidades do Departamento Alimentar e com a necessidade de informação que era requerida, fui ficando nesta área. O aumento das unidades alimentares trouxe a necessidade de controlo, que, por sua vez, trouxe a aquisição de sistemas de informação, com o qual aprendi a trabalhar e que foram as minhas ferramentas de trabalho enquanto estive no Setor de Contabilidade e Gestão de Stocks.

Em 2008 é publicado o Código de Contratos Públicos, que introduziu uma normalização da tramitação de procedimentos de aquisição de bens, serviços e empreitadas, desenvolvido em plataformas eletrónicas. Surge aqui a oportunidade de mudar de setor e desenvolver novas tarefas e competências. 

Há quantos anos está nos Serviços e quais são, atualmente, as suas funções?

Há 20 anos. Atualmente exerço funções no Setor da Contratação, em tudo o que diga respeito à tramitação de um procedimento de contratação.

Assim, resumidamente, este setor dá apoio na preparação das peças de todos os procedimentos de contratação pública dos SASUM, incluindo a verificação dos requisitos legais, lançamento na plataforma eletrónica de contratação pública os procedimentos acima referidos; publicitá-los no portal base.gov, Diário da República Eletrónico e outros suportes exigidos por Lei; acompanhamento dos procedimentos apoiando o júri e os responsáveis dos departamentos/divisões/setores/gabinetes e gestores de contrato, com vista à correta constituição do processo.

Faz parte das minhas competências elaborar o Relatório de Contratação Administrativa e mantê-lo atualizado, elaborar e manter atualizado o Manual de Contratação Pública. Ainda auxílio na prestação de contas a enviar para o Tribunal de Contas. Auxilio a Diretora do Departamento em outras tarefas diversas que entenda que sou uma mais-valia. 

Gosta do que faz?

Gosto muito! Aparentemente parece um trabalho repetitivo, mas cada procedimento é isolado dos restantes e tem as suas particularidades. Há sempre aspetos diferentes, aliados à evolução do próprio Código de Contratos Públicos, que nos obriga a estudar, aprender, evoluir e crescer. Depois aparece sempre uma tarefa ?fora da caixa?, um estudo, uma análise, que ajuda a quebrar a rotina do que parece idêntico. 

O que mais a motiva e quais as maiores dificuldades, no dia a dia, no desenvolvimento do seu trabalho?

A minha motivação é gostar do que faço, com as pessoas com quem o faço. As grandes dificuldades são os prazos, a dependência das plataformas que necessitamos. Por vezes a interoperabilidade entre elas é fraca e/ou inexistente, tornando o trabalho mais moroso e burocrático. 

Como caracteriza o trabalho feito no Departamento Contabilístico e Financeiro, em particular na sua área?

É um trabalho de extrema importância, não só de cumprimento da legalidade, mas sobretudo de apoio à gestão, permitindo que a informação contabilística seja sempre o mais transparente e fidedigna possível. A decisão superior tem por base informações prestadas por este departamento, transversal a toda a instituição. Ela deve estar sempre o mais atualizada possível, o que nem sempre é fácil. A documentação que chega ao departamento, segue um fluxo documental, onde há vários intervenientes, e este fluxo nem sempre é fluído, pois cada um deles tem múltiplas tarefas em simultâneo.

Mas esta informação não é apenas para os stakeholders internos. Há reportes mensais, trimestrais, semestrais e anuais para os externos, com deadlines reduzidos.

Relativamente à contratação, passa por disponibilizar aos vários responsáveis quais as ferramentas possíveis de aquisição em cada caso concreto, verificado sempre os requisitos legais, permitindo-lhes que a tomada de decisão seja a mais correta tendo em conta a todas as informações de que dispõem e não apenas as da contratação. 

Quais são as melhores e as piores memórias que tem do seu trajeto nos SASUM?

Tenho muito boas memórias dos sítios por onde passei, principalmente das pessoas com quem fui trabalhando mais de perto. Há períodos de mais trabalho, pressão, stress que se aguentam melhor com bom ambiente, onde reina o espírito de equipa, com boa disposição, onde se partilham experiências, vivências e sobretudo onde há entre ajuda.

Não me ocorre nada que possa classificar como pior memória. 

Como foi passar pela pandemia, a nível pessoal e profissional?

Prestei apoio aos miúdos, por isso a nível profissional estive ausente, pois o mais novo era ainda bebé e as minhas duas filhas gémeas tinham 8 anos na altura.

Elas não tinham grande destreza na informática, por isso as aulas online foram um grande desafio, para elas e para mim. Não foi um período fácil para ninguém. 

Como olha para o futuro?

Com otimismo, sempre! Tento ver o copo sempre ?meio cheio?.

A nível profissional, espero que haja mais desafios que me façam crescer, desenvolver novas competências e capacidades.

Curiosidades

O que a marcou? A maternidade

 que ainda não fez? Acabar o mestrado

Ainda tem um grande sonho? ?acho que não

Livro? Gostaria de ler mais, mas neste momento estou a ler Pecados Santos de Nuno Nepomuceno. Um thriller com bastante suspense e reviravoltas que me cativou logo nos primeiros capítulos.

Filme? Adoro cinema, apesar de não ser especialista, há alguns filmes que me marcaram, como: ET; Braveheart; A paixão de Cristo; Indiana Jones.

Uma música e/ou um músico? Sou muito eclética no que toca a gostos musicais, dependendo sempre do estado de espírito?

O que gosta de fazer nos tempos livres? Passar tempo de qualidade com os meus

Vício? Acho que não tenho :)? talvez comer ?

Um lugar? A minha casa.

A Universidade do Minho? Um orgulho trabalhar aqui.

Texto: Ana Marques 

Fotos: Nuno Gonçalves